segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

o que dizer?

o que dizer se nada já precisa sair, se o marasmo

ergue seu império em conjunto com o tédio,

Como não sucumbir nessa passagem duradoura,

aparentemente atemporal em seu cerne ?

talvez um alegrar-se provisório traga qualquer eternidade

dentro da intensidade do gozo momentâneo.

Mas neste pós-reflexão e que pré-cede a uma idéa

pretenciosa aspirante a revolta e negação de valores

revistos constantemente. Ainda mais quando já não aspiramos nada

coletivamente, quando não é esperado qualquer pretensão

de melhora,afeto ou um sentimento

de amor para com o gênero humano.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

o que é o homem

O Homem me parece uma invenção que busca desesperadamente saber de onde veio, e ainda diz que que é do macaco(que patético ! este ser é tão simpático), diferentemente do homem, uma finalidade pretenciosa aspirada por ele próprio, com uma probabilidade muita alta de jamais dar certo !!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

com um eterno ausente em forma de passagem


parar lá em cima
de onde vem o ar de longe
estadia dentro do externo
autismo do ego
- prego solto nas costas
da exitação de uma tarde
compassiva para com
este ser que ganhou essa
definição recente
e se sente no dever de dar certo,
no final da ponte
tornar-se super - heroi,
mesmo dumocasião que confunda-se
com um eterno
ausente em forma
de passagem
...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

horas representativas dAma isVa liA

sentado na brasas duma certa chaga
aberta na tarde
enquanto lembrava-se das cartas escritas
em nome de colegas de infância
que não sabiam escreverer,
e na mesma onda fazia-me imune
do que sinto agora
- um incômodo mordaz mesclado a ódio.
E ... tendo o tímpano banhado
por high and dry, flake plastic trees
cagava nas horas representativas da mais valia
rebelde, parecia ser,
mas não era isso, era a indefesa
mascarada pela sensibilidade,
até dissimulava com ar de antônimo.
Derepente quem chega?
o velho nihil,
mas ele não pode aniquilar a potência
que viria no devir, e me deixaria icólume
deste dia enfadonho.
Encerro este testemunho
de um principio de desespero
reajustador de estado de espírito,
no sentido pleno do senso comum.

sábado, 25 de outubro de 2008

desvigorando o campo da dor

desvigorando o campo da dor
des ouço a infâmia
que puxa meu tímpano
resistente pós inse rir-se
em volúpia inquieta
da dança soprana
e coralada de deuses
em voz de mortais
imortais in my memory
lente testemunha
da atemporalidade
do som que perfura
mim'alma movente

sábado, 11 de outubro de 2008

uma ou ostra

uma passada na sala do fim
da semana pesada igual
míssil de inferno atômico
em minhas costas sugando
o semblante cercante de eu
aqui em flagelos
e ícolume até a próxima
passagem de hora
rumo à noite bronzeada
de recentimentos
podres e putrefando
na larva a chafurdar no
infortúnio da alma
brigante e errante
...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

depois desse passado


...depois desse passado
vou em segundas
pessoas de mãos dadas
com o espaço, escorregando
nas bolhas desfeitas do arco- íris,
girar no orvalho
antes do amanhecer
desse violento sol,
gritar À metade do dia
que o fim se aproxima,
mas, a beleza continua à vista

terça-feira, 19 de agosto de 2008

É sonho, o passar em horas

é sonho, o passar em horas
no livro que leva pra longe
da totalidade real reconhecida
como pesadelo na vida
que olha o homem
que não se olhade fora
e dentro disso desencontra-se
sob a égide de uma razão
que nasce sem sentido

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Políticos sujos e malvados. Apesar de vocês, continuamos a (sub)existir


apesar de hoje

Apesar de hoje,
Amanhã, na trilha terrorista
Do ódio em meu olho nú,
e cúmplice duma psique
ocupada de fumaça e erosão
Das camadas emotivas,
Do eu despedaçado, retraído
Pela compulsão niilista.
Busco a tirana paz, pelo conflito,
mesmo tornando-me refém do belicismo
dum coração corroído pelo tempo crono,
pela visão e contrastes da megalópole
sectária que,
não nos deixa ser do presente, amigo.
E os ressentimentos,
aflorados nos campos Elíseos da dor,
plagiando uma cachoeira-
caem do alto das pedras
de coberturas dos arranha-céus
nos santos salvadores
da maldição de existir
futilmente em meio ao vento,
fugaz como o que vejo,
e não é que é,
apenas ilusão óptica, um valor que,
apriori tapa a lacuna da busca
do veio a ser nesse momento,
via representação.
Freqüentarei os pretéritos
de um acontecer nessa estação
inquilina da memória,
para quem sabe,
fechar este poema
e mostrar que ele pode parar,
apesar de seu vasto itinerário
percorrido, e me descer destas palavras,
ainda insuficientes para descrever
o universo e os labirintos dum pensamento,
mas dentro dessa perspectiva,
concluir que mundo não cabe aqui.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Gozando em palavras sem signos

pro s apo et[ic]a podre idéia
de don docas dêces doz i dio tas
na mera mer da lia filha
prodígia do gozo frutrsado
de odissidente que aspas abrem
as pernas vaginais pra sair
sexo dúbio o l h a v a nado
e m oLHo do cu rustácio
a regal[o][d]ado nas ibéria s u
p o r t u g u e s a n d o rabos
de lava cus da bahia em meio a
roça de zé b(o)urr o preto
igua l e u lendo De LEU zé ontEm
nu C.C.J Á nada fezendo além das nuvens
e céu sem l(n)uA CHEIA
DE PELOS na buceta da noite
caliente de libido es con di do na
bunda sentada em K i
lubr i fica ob sena corria ao]signo
fór mu la do de carro baixo
iconoclastrava so signos
antes esta
bele
cidos

aprendendo a conviver com sua realidade(adendo À conviver consigo)

atingido o aprendizado da convivência com sua realidade, porém, não nos põe na condição de conformista, de aceitá-la e desistir de intervir nela. Aceitá-la simplesmente, da forma bruta que vem, pronta, sem tentar lapidá-la.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

levar a dia [n]te

lav a da larva
do lebre leve de pena
no rabo branco e manco
de ré música em pente
tocado a corda cabelo
cortado nos trópicos
adiante lápis
lapida a meta
física de pulo
pouso em proust
sem normaculta
cult
cool
cu

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

cadê deus ?

... era lá, naquele livro construído, símbolo de resistência, também de desajuste social, de hipocrisia, de dissimualçaõ,onde fascínoras camuflados de religiosos capitalsitas, rerpoduzem as mesmas( porém sutilmente) atrocidades vividas por ancestrais e semelhantes da cultura que recentemente passaram por tal disparate, em nome de uma vaidade transformada em desepero e baixa estima de um povo humilhado, mas guerreiro; alienado, mas de cabeça firme. Naquele livrinho, revolução da arquitetura, uma paródia se fazia: como nos navios, a classe dos leprosos tinha que permanecer escondida, anônima, pra sua doeñça social não contagiar os ex- coitados, agora no papel de algozes. Os sub-humanos estavam quase sentindo-se humanos, até riam, colocavam suas poltronas no subsolo, no mesmo porão que os coitados conhecem bem, para aliviarem-se do labor, e sentirem um pouco de vontade ou ilusão do que eram(pelo menos pareciam ser, os membros eram parecidos, não viam a diferença) gente igual a todos que transitam no cume, que preciam descer até as profundezas, lugar que fazia parte do seu intinerário. Mas os leprosos eram como espectros, assombravam a casta dos ex-coitados, e logo os ex, trataram de neutralizar a presença dos espectros que lhes assombravam. Ainda assim, essa minoria, encontrava no sol, sua válvula de escape, só não sabiam. Eram cegos. A vontade de vida estava na mesma altura da de potência, isso servia de combustível. E assim termina o dia presente nessas linhas, em breve o espaço aqui será o cenário dessa passagem que continuará se desdobrando e nos ensinando a desviar dos projéteis que nos disparam constantemente e que ...

sábado, 19 de julho de 2008

a velocidade do desvio do título pensado e esquecido


Escreveler com penas ativas na volocidade dos dedos pensantes
Pra fugir do tédio prédio prego hoje ouço oastra ouro nos
Vos vá rias de acordo com d essa de ontém que não mata a vontade de ir embora
Aos braços da bela saudade
Fotografada por memória minha
Construtora e atua al que dá pra
Sul pôr o sol no copo e beber
Vinho
Com lua loira ou ruiva
Negra e noite nostra de olhos nus
Prontos destraidos minutes de tal
Vez de ser imônia
Níaca de demo a cracia
Desd em Otelo nive
Revela relvas urbanas que não acompanham
Veloz pensar e parar esquecer ler três
Voice a nova vive
Longe outra vez desdenhado eno horizonte
Belo de dia escuro seco
Desenho de clima pesado e
Estado psíquico que
Ob desce a razão antes
De ser gerúndio fértil
De vermelhos pesares
A quem crer ser

terça-feira, 15 de julho de 2008

palavras dissimuladas de realidade

posto o disfarce
oposto ao outro
disfarço desfaço
o julgado desastre
também disparate
primeiro
doutrino
a íntima vontade
depois desconstruo
cru o âmago ferido
diminui o ego
agora
aspiro ouvir
com o corpo
a dança e alçar
vôo e chegar à potÊncia

diário d'uma passagem vespertina

O tédio ergue o seu castelo, e seu império permanece
inabalável nas horas testemunhadas por esta escrita;
Ainda semi - coberto pela sombra da moral cristã, que,
pensara e julgara eu, outrora, ter deletado do meu corpo,
da minha cabeça, mas, dei-me conta da perseguição
desta onipotente estupidez, cultuada e com ar de divindade,
cujas ações são fazer-me o que seus criadores conceituaram de mal.
Aguça a culpa que eles empuram em nós guela abaixo, e não sei porquÊ
me acompanha, sendo que não é benvinda, nem tem convite
para comigo conviver.
Este, e uma série de coisas outras que regem meu humor,
estado de espírito; Me faço prosador com Nietzsche e Schop...
para quem sabe entender sensações que possivelmente
passaram eles, também por isso.

chuva descrita no recanto das letras do centro artificial

é chuva do lado direito de dentro
que cai num quadro de Jerusalém
bem além do meu interesse de ouvir
a estiagem de fora
do centro que cerca a fonte
das luzes tocadas nas cordas
sete do violão feminino
na tela que mostra a sensível mulher dedilhar
o clítoris da música
olhada da vila guardando
os livros de frente pra rampa
correndo em plásticas
doses de horas respingando
na duração

Citador


quando se ver um estudante com ar de intelectual,

logo que abre a boca e fala com um vocabulário rebuscado, fala sobre música filosfia teatro e do calendário maia, é possível perceber que tal ser, teve uma vida guiada por possíveis coveiros que colocaram num caixão, tudo de vital e prazeroso que os sentidos conhecem e nos fazem cometer o que chamam de disparates, e nada mais fará do que citar durante toda sua medíocre passagem pelo mundo ou pelo que denominam existência, e ler cadernos de jornal dissimulados de formadores de opinião e um juízo frágil e sem base. Inteligência ausenta-se, junto com ela o pensar a partir de uma rica observação e uma vivência "independente" de muitos dogmas e doutrinas.

domingo, 6 de julho de 2008

ELE


“...eu condeno o cristianismo; lanço contra a Igreja cristã a mais terrível acusação que um acusador já teve em sua boca. Para mim ela é a maior corrupção imaginável; busca perpetrar a última, a pior espécie de corrupção. A Igreja cristã não deixou nada intocado pela sua depravação; transformou todo valor em indignidade, toda verdade em mentira e toda integridade em baixeza de alma.”Friedrich Nietzsche

Eu e Goya


dias ereto

sem versos concretos

rostos dispersos

imagens desertas

o nado do excesso

num olho reabre
janelas percebe
movimento partido
dogma político
desprazeres aflitos
retornaram aos dias
de deserto conflito
abraço o vento tempo
tristonho moinhos
espalham palavras
na sopa ferida chorona
presencia a mosca água
seguida por vales
sombrios das vidas
sem vida lasciva
procurado olho porteiro

perda de texto e emoção de ter estes amigos

De alma enferma
Exponho aqui
Minhas lágrimas silenciosas,
E meus olhos de chafariz
Denunciam uma pungente tristeza
Que me habita neste instante,
Causada pelo extravio de duas poesias
As mais intensas e bem lapidadas
Segundo minha sensibilidade.
Seria para alguns, egoísmo,
Tentar chamar atenção
De quem quer que seja,
Devido ao acontecido,
Mas só o âmago
Que as concebeu sabe
O tamanho da perda,
O quão dói perder
Uma parte tão ínfima
De si

Jace prima


Jace vou na busca

Ruidosa música

Da brotada, habitante do passado,

Porém vive, cabe no presente

Dado por memória, quem o torna atual,

Aqui , na Serrinha morada concreta

De prima obra de Santos

O vizinho da brasa sempre piscando

Rumo ao setor que reflete

Os edifícios berlinenses

Desmoronando novos

Nihis

Agora evidente

Pela língua zelinista,

Porta vasta do mundo nas curvas

Que a faz a voz,

E a segue os ouvidos

Da minha cabeça

Mista, sólida na água

À cumular na palma

Da mão da flor Vogorosa

No temp(l)o de vera

meia merda


MEIA MERDA BASTA

TERNA RETORNO

ETERNO TRANSTORNO

TÉDIO LOCAL CALA

A BOCA DO ESPACO VAZIO

DEIXADO PELA VONTADE

DE NADA CLAUSURIS PUBR(L)ICA

REPLICA CASTA

CÍRCULO EXERCE COM

JACTANTE HEGEMONIA

ELITE SUJA POSTURA

PROTOCOLADA FINGINDO

SER O QUE NÃO É SEU

SER EM SUMA SUPRO

SUCO D SUA FALSA FACE

casa dos pronomes



... e vou-me...pela ébria noite

perdido no fascínio da ausência de tempo(Blanchot)

rodeado das liras do meu imaginário,

em busca do ápice das eras desse real,

contemplador do sublime,

como em oliveiras,

brumas e tulipas

com cheiro de ófelia

atirando as vontades do ínfimo eu,

outrora submerso por elas,

que aspiram por um banquete,

e que se faça presente a pantera de dionísio, e o próprio.

para que a primavera entre rindo em qualquer época,

fertilizando os corações

mastur eba


Passando a presença por um tempo na espera,

Saio desta enorme

atmosfera –Morada de contrastes,

Paradoxal, enigmática...

Que torna – me um solo fértil

Para o desabrochar de flores poéticas,

Que embelezam a vida, e também,

Jogam em águas céticas

Muitos banhistas dessa praia – límpida,

De um horizonte esplendoroso,

Banhada por fúlgidos raios de sol,

Porém, poluída da lama podre

Que é o humano,Este animal exótico

Que insiste em tentar Reprimir e até aniquilar,

A poesia, a intensidade, as rosas que restam,

Com sua estúpida civilidade.


Salvador, 18/06/07 - 23:45No aeroporto

quem de reria


Quem diria re – petir clichês no mais
Nos dias adia dubía
Question dos resquícios pensados prensados
Nos livros um dois ou mais um
Filosofo De ocasião Casando casa do pensar Chavão e chave dos problemas
Que a musica numa de suas fatias
Responde, pois faz dos sentidos
Seu porta – voz de saída saudade
Da economia feita estreita da duração
Dita por Pál pelbart in aula de Barthes Roland-o
O poder da língua morta asfixiada que ressurge
Num lar de lama com onda que param aqui
Lês temples donde pulo
Para frente sempre astutando a tutela
Dos títulos capiados no abril
DesfeitoNa mesa do bar

lembra-se


Longe… / sombras desenhadas no horizonte/ cavalos cobertos de ouro e bronze/Vassalos de um rei não se de onde/ cavaleiros estrangeiros/ a bandeira do invasor/Noite.../ e um tropel atravessa a fumaça /tropeçando num céu de fogo e prata / O mundo acabou / de repente, quando o manhã começava / a dor começou / com o chicote, com as esporas, com as espadas / terror das legiões / das ambições e praças / chagas no seio de uma terra abençoada / o céu desabou / de repente, quando a gente levantava / o pó levantou sufocando quem vivia, respirava / passou... / o tempo, mas não apagou a marca / marcou... / nos corações, nas mentes e nas praças / hoje... / na memória viva de uma raça / um pavor latente uma ameaça / e um canto maior que todo medo / espalhando amor por onde passa



( Tunai / Sérgio Natureza )

destitulado, mas falante


quando atravesso as camadasdo vento dos oestes

mais mitológico que orestes

sigo a faixa em cardoso indicada

jorro-me nas memórias restritas

de moscas dadas às mãos

naqueles que remam em vãos

estreitos pisando sonhso parasitas

é só, tudo-quase-isso, um pouco

mas, em número, signo quantitativo

porém, ao lançar-me nesta empreitada, ouço-me

num intenso único eterno recorte temporalo olhar com lasciva igennuidade involuntária,convidando-me a te contemplar...

enrolado

a prosa apagada agora tambem
é esquecida naquele recanto das
letras reeinventada por
zé e seus Kaliks sempre
brilhando palavras
empoeiradas pra deixar de
propagar a língua dos papagaios
nas cordas do extravio

Nietzsche


“'Se teu olho te escandaliza, arranca-o fora'. Felizmente nenhum cristão age de acordo com esse preceito. Destruir as paixões e os desejos, simplesmente como uma medida preventiva contra a estupidez e as conseqüências desagradáveis dessa estupidez – hoje isso se apresenta a nós apenas como outra forma aguda de estupidez. Não admiramos mais os dentistas que arrancam dentes para que não doam mais.”


Nietzsche

mÃOs


toco minhas mãos

em teus seios

que me tocam,

enchem-me a boca

que beija a tuaque percorre meu corpo

também teu,assim como os dois

são um do outro

aumentando o entorpecer

da alma libidinosade cada pêlo eretoe junto,

o sussuro que sentea audição da pelesensível à língua

emaranhadaentre a carne vaginal

molhada rindo

para os dedos entreabertosa espera deste seu mágico

portal para o orgasmo

paradisíaco

cena de lavoura arcaica


é só colar


Mozart e Notilog


cola cola, traços do desenho inspirado nos do grande zelino (roger water), e ... peculiar participação de carneiro russo !

capitalismo cristão selvagem


ZeliNietzsche


AMOR FATTI


colagens loucas


Coquetel molotov


EINSTURZENDE NEUBAUTEN



A casa da mentira


Primeiro andar: Aqui vivem os cegos que acreditam no que vêem E os surdos que acreditam no que ouvem Atado a um banquinho de cozinha está sentado um Louco que acredita em tudo que pode tocar (suas mãos estão no colo) Segundo Andar: Papel por papel Trilha por trilha Revestida de fibra áspera Nos corredores às voltas, estão os locatários observando as paredes atentamente procuram nelas trilha por trilha Em direção à estampa – e erros ortográficos Não poderiam nem seus nomes decifrar. Acima, no próximo andar: O qual? oh que maravilha! Nunca é concluído. Obra em constante construção constante Legolegolegolegolego lego lego Apenas pela escadaria pode ser alcançado aqui estocam os erros que pertencem à firma com os quais eles ladrilham os pisos nos quais ninguém pode pisar. Quarto Andar: Aqui mora o arquiteto Absorto em seu projeto Esse edifício cheio de idéias vai de fundação até firmamento e da fundação até a firma No térreo encontram-se quatro portas que conduzem diretamente às livres ou melhor, à pedra fundamental Aí pode esperar quem queira Ao meio dia chega cimento Deitar na pedra fundamental! Marchas de pensamentos são anuladas Na altura da cabeça bostamente infamemente ou católica roxamente para a melhor orientação. Cobertura: Ela tem uma avaria No telhado está sentado um homem velho Sobre o chão, anjos mortos espalhados E suas faces são semelhantes à dele Entre os joelhos segura um fuzil Ele aponta em sua boca E no crânio E através do crânio E do crânio para fora No cume do telhado Penetra o tiro Deus atirou em si Uma cobertura é construída Deus atirou em si Uma cobertura é expandida Deus atirou em si Uma cobertura é ampliada (barulho, muito barulho de vidros estilhaçados) Subsolo: Isto é um porão Aqui eu vivo Isto aqui é escuro Úmido e agradável Isto aqui é um colo. (silêncio) Blixa Bargeld – vocalista neubauten Qualquer semelhança com a morte de Deus, como descreve Nietzsche, é brincadeira hein !!!

Intimidades



Tu és um céu de outono, alegre e cor de rosa!

e deixa, ao refleitr, em minha bôca anciosade

lodo escuro e amargo a cáustica lembrança


A tua mão me afaga o peito; o que ela quer,

minha amiga, é um lugar que tem sido saqueado

pela garra acerada e dente da mulher :

até meu coração também foi devorado.


Meu coração é templo onde a turba cultuatodos

os crimes vis e vícios degradantes !

- um perfume te envolve a pele branca e nua!...


Flagelo de minha alma, ó mulher, por que esperas ?

com teus olhos de fogo, archotes flamejantes,

calcina o que sobrou do repasto das feras!


Baudelaire

O gRande olho


Legenda:
Estou muito confuso, me encontro aqui, tutelado e soba vigília do olho do grande pai.Ele é maior que eu, portanto, posso chamá-lo de pai.Assim como o estado, este corpoque agrega outros corpos, e que é a nossa velhice espiritual,contra quem opõe-seao nosso pensamento, põe em risco nossas propriedades, a família,a moral, a paz e a bem-aventurança, que só deus e o grande corposão capazes de nos proporcionar. Mas voltando ao início da conversa,onde me sentia confuso-prporcionalmente à tutela do olho dogrande senhor, me vejo à margem dele, sendo que minhas forçasjá não são as mesmas que a ele sempre dediquei; é como se umamão oculta e ameçadora com sua garras demoníacas me puxasse, masnão sei de onde ela vem; E... bom... ! Estou com o olho aberto,submerso de visão, porém, raquítico, fraco, acho que é a hora...Este grande desenho foi feito por Felipe Corsini, o famos John Corsi, e o texto por mim, o Zelino .

segunda-feira, 30 de junho de 2008

las letras i lustres

las letras i lustres
usados nas capas de mesa
em madeira emenda
o mause morno da mão
desdizente do ausente
sentido lógico de agora
lendo o escrito
passado sem classificção
temporal que cai ao lado
judaico do ouvido barulho
da água noturna
do teto sem nuvens
a vista de livros
vermelhos con seta
do sábado quase encerrado

segunda-feira, 9 de junho de 2008

a beleza venceu a totalidade

o belo que visto
no meu imaginário
presente no real
coincidente com o ontém
no limiar de hoje
até o sono cerrar
los ojos de nosotros
que antes do olhar
encerrado contemplamos
com corpos a legitimidade
da beleza que
sobrepôs-se anti
o totalitário existente
na relção Bahia Madrid
representada por bichos
exóticos de vilas
doces e clamas
como águas e uvas
a persona performanciando
Dionísio

segunda-feira, 2 de junho de 2008

céu de Berlin


geograficados céus

alemnhas intrigantes

berlindas globais
aqui vive
e encontra

a estética do ridículo

o nada a dizer

aqui paira

a fotografia está na poética e reciprocamente

a poética nela

e não nas palavras postas

impostas como bosta

dispostas a impressionar

sem sabê-lo

mas com a intensão

terça-feira, 13 de maio de 2008

estou cheio(farto) do vazio


estou cheio(farto) do vazio
cheio de espaços impermeáveis
onde o dia nos trona dele prisioneiro
eterno nos oito pontos de encarceramento

submerso do escuro
sinônimo do vazio
do silêncio nos olhos

sigo em voltas ao meu redor
buscando explicação
para minha comodidade,
consolo para minha condição
de animal domesticado
que finge saber de tal
mas não se encoraja a sair

o que resta é compartilhar
o desepero do breviário
a melancolia de Cioran

sábado, 10 de maio de 2008

InBerlilônya


InBerlilônya

Dançam ouvidos
Sobre sopros
Surdos acorde[s]m
Durante percorrido
Rebolado das cordas
Sob as doses da ânsia
Nas horas
Flutuantes caos
Motores d’osadas
Inetensidades abraçadas
Em crescentes quintas
Prosas pairam
Pleno pouso
Bailarino ativo
Floresce águas
Ar timos fera
Frustada por dentes
Dentro afiando
Dedo eterno
Enfermo temporal
Alterego de arcada frágil

Indo para o next na Rêgo Freitas



Venho de... pôr
Palavras em nome
Do indefinido sentir,
Dando imagem
Às frases luaradas
Do caro amigo cello,
Cuja escrita,
Latenteia veias
E seu sangue movente
A cruzar faróis
Vermelhos
Que ve[r]des passar
Corpos sem rosto,
Signo mundano
Da Babylônia despida
E pronta pra cantar,
Encantar... e enganar
Seus transeuntes

nada poderia midar


Nada poderia midar.
Lhe - dar com esse complexo
Impresso nesse real movente
Iniciado pós fim andando
Recomeço letenteando
Em primeira pessoa
a quem não desesmero
Mui menos dez espero
Pra dormir o sono que levanta
O corpo desperto
Pensante cruzante
Cruzando deserto espaço incerto
dIntelecto liberto
Gastrite iconoclasta cortando
A performance das horas
Instrumentais duma ópera
Ora op e r a ssora
Empunho de rima
Numa vassoura

quarta-feira, 7 de maio de 2008

saía incólume

Saia incólume das analogias do cotidiano
Soprava verdades em torno das sombras
Nas cavernas modernas.
Zombeteiro se fazia, pra justificar
Sua presença no presente
Também os primórdios
Traçados numa linha narrativa
Que dava imagem à sua origem.
Com isso tornava-se algo, ou um ser.
Por ter semelhantes passagens à sua
Durante os pretéritos memoráveis

terça-feira, 6 de maio de 2008

Nos tempos Log

Hoje te liguei, pois, ultimamente
Só o telefone, a virtualidade, atenua-nos
As paredes que nos separa
Distanciam-se mais e mais
Porém, tenho a memória
Cujo exercício atual e constante
É atualizar-te
Tornando–a mais presente
Esta, é uma forma pra driblar a saudade
Que sinto de ti
E ela é como areia movediça:
Puxa-me cada vez mais para o fundo
Portanto, preciso de você
Real como tenho meus membros
Só assim aniquilarei este ser
Cujo conhecimento de gênero
Foge da minha razão
Com isso poderei respirar aliviado
Porque neste momento, me encontro
Submerso pela saudade
E pela solidão !

talvez

Talvez você ainda não saiba
Mas passou a viver num dos meus mundos
É transeunte da avenida
Por onde caminham meus outros eus
E lá, eles encontram os seus
Brincam, andam de mãos dadas
Abraçam-se, compartilham seus viveres
Sabes tu, que, quando olho uma rosa, nela te vejo
E sinto em ti o perfume exalado por ela

A avenida dos eus é florida, em todas as margens
O dia, o nascer, e pôr do sol,
São testemunhas
Dos inúmeros poemas que as flores
Inspiram Às abelhas ao beijarem seus polens
Assim és tu
Navegante no rio de minha vida
É a inspiração minha dos deuses,
Dos ventos e das nuvens,
É primeira flor da primavera,
O ar atrevido que pelas frestas
Em casas capais, no início pleno da aurora
É o sol na minha Sibéria

queria ser poeta

Queria ser poeta
Escrever as mais belas antologias
Em sua homenagem, pois,
Há tempos tento encontrar
As palavras pra falar a ti de ti
Mas me parece tão complexa
Tão grande que chego a pensar
Ser minha poesia pequena pra tê-la
Pois somente os ventos sabem
Aliados ao silêncio, às canções dos pássaros,
Falarem de você, tocar uma música
Cuja linguagem conhecida por ridículos homens
Não decifraria, ou pronunciaria
Você é o vento, a estrela que brilha
Com mais evidência no meu céu noturno
És uma poesia,
Eu serei poeta por um instante
Pra poder, em versos peculiares
Poetizar-te
Mas também queria ser onipresente
E estar sempre contigo...
Sem fim nem começo, sem tempo... !

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nas passarelas das incólumes ilusões*

Nas passarelas das incólumes ilusões
encontro–me
sob o signo da representação do vir-a-ser
Esperando o degelo do coração
Onde habiara o inverno.
Suplico pela primavera.
Mas ainda há um longo tempo
De rubros risos
Tomados nos cálices da noite
Com a lua apreciando.
Em forma de ode
As performances das almas
Que deslizam pelas neves
Nos frêmitos sonhos
Deste contexto eremítico.
Até que passemos
Por um recorte temporal,
E este, legitime uma máxima Zeziana:
“a intensidade àsVezes não cabe na eternidade.

Imaginava com fé o fim das manhãs

Imaginava com fé o fim das manhãs
Queimando em brasas
Expostas à eternidade
com fervor um fervor
que só se compara ao devir imaginário do sol.
Caíam com perigo moral
De um abismo
Que esquecia seu papel tempo afora
E reencontrava o vento
Das tardes na áurea
Vertiginosa da paciência,
Cuja presença
Fazia o testemunho sucumbir perante o céu
Da sagrada desordem
Do meu êxtase pagão.

16/08/07

Sal Goya Yolandina doída

...
Sal Goya Yolandina doída
e doida  por A mor anga dela
de calça que ontem
Queria correr pelas nuvens
Noiva nova e nóia
pseudo nórdica
Em hora que outrora passava sem roupa
Nem capa da alma quente que sentia dor
De ter um si um fenômeno
Que assemelhava - se com tesão
Para onde quer que se dirigisse
ereta em órbitas
presas nos colhões da noite