sexta-feira, 11 de junho de 2010

crepuscular ilusão(ao meu camarada Pedro Botelho - o Portuga)


quando, sorrateiramente o sol, afasta-se, dos olhos meus,
com tal ato a nuncia um belo crepúsculo,
é quando a alma transita por todos os seus anéis de possibilidade,
pois a linearidade, ofusca sua existência.
um turbilhão de possíveis aparecem em suas projessões,
porém, apenas o gotejar da aurora que é a pós ponte
dos dias, seguidor do devir,
anunciador do fragmentos que causa o descanso das horas desvencilhadas.
És a ti ó audacioso recorte,
é à tua promessa de extensão pela eternidade
que guardo o meu remédio contra o contínuo e escarnioso tédio.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Nous


no seio da aurora, batem as ébrias lembranças,
no entanto, adoçadas pelo gosto do estar ligado;
para o vazio vão as memórias, e nelas habitam os recortes
sinônimo do bom viver, da construção potencial
abarçando a brisa das gotejantes danças
ao passo de cada música,
dentro de ditirambos que são o ODE
à lua, à vida, aos bons pressupostos;
aparentes juízos não são sinônimos
de ausênsia de adjetivos expressivos
mas quem fala aqui é o flauta do espírito,
é a estrela que cintila dentro dessa matéria
meio razão muita indiscrição
lógica.
hoje brinda o outro,o ontem, o atemporal,
vamos, dancemos uma valsa da harpa dos orixás...