Sim: negue- me o desejo
à boca dar-me-a
sedenta vai ao beijo
ao silêncio um jazz
em suas elegias, os teus lábios lapida Érato
em seus verbos a cada dia
a beber o frescor do hálito
nu que no espelho irradia
o sol em teus olhos
faz-me: ser
em dois cúmplices corpos
o futuro a beber
negue- me o desejo
negue- me o desejo
Poesia, literatura, poesia ádiovisual, poesia da imagem, fotografia, dionysus e os encontros entre palavras e pinturas
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
sábado, 10 de dezembro de 2016
julgaram-me um desatino
Acordei
de mal com o mundo
discordei do sensato
acordei-me vagabundo
conclamei-me povo
devaneei - me estorvo
e julgaram-me um desatino.
discordei do sensato
acordei-me vagabundo
conclamei-me povo
devaneei - me estorvo
e julgaram-me um desatino.
Conjugava
o céu
sem sentido e sem destino
voava na febre do mundo
e saltava raios,
almejando um fim
em riso puro
e sem rumo
na pele do eu menino
sem sentido e sem destino
voava na febre do mundo
e saltava raios,
almejando um fim
em riso puro
e sem rumo
na pele do eu menino
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
na cuca da mutuca
mu queca avulsa
fuxico embuxa asa
cutuca moita a multa
muvuca palavra busca
Curruta a poética puxa
mu cuca move a nuca
palavra inculta o nove ofusca
prova a rosa brusca
Multiculta prosa posta
à bosta aposta oculta
na cuca da mutuca
muvuca muca vulva
muvuca puxa
muvuca
mu vu ca
fuxico embuxa asa
cutuca moita a multa
muvuca palavra busca
Curruta a poética puxa
mu cuca move a nuca
palavra inculta o nove ofusca
prova a rosa brusca
Multiculta prosa posta
à bosta aposta oculta
na cuca da mutuca
muvuca muca vulva
muvuca puxa
muvuca
mu vu ca
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Malgré le ciel blessé par ces regards tranchants
Querido clarão lunar cintilante em teus olhos,
«mon mystère profond»
viens danser avec les vents et les étoiles.
Malgré le ciel blessé par ces regards tranchants,
Escorregemos, nesse ar comovido!
Viens voir «el secret spot»,
o universo na potência de um riso...
Mas a condição é,
que preserve o
inalterado em teu coração
quando desabrocharem singelas alegrias,
assim tornar-se-á semente
de canções pra futuros amantes.
«Mon mystère profond»
une chanson confidenciou-me:
-eres um miestério de medo!
disse me que soube em outra vida
que os amantes de Paris
são pura vida,
poemas, pinturas em movimento.
Cada desenho sussurra
enquanto beijam-lhe a orelha
os encantos desse perigo oculto nos encontros.
Amor e juventude se abraçam
alma e canção
se encontram e extraviam-se
na atemporalidade dos orgasmos
«mon mystère profond»
viens danser avec les vents et les étoiles.
Malgré le ciel blessé par ces regards tranchants,
Escorregemos, nesse ar comovido!
Viens voir «el secret spot»,
o universo na potência de um riso...
Mas a condição é,
que preserve o
inalterado em teu coração
quando desabrocharem singelas alegrias,
assim tornar-se-á semente
de canções pra futuros amantes.
«Mon mystère profond»
une chanson confidenciou-me:
-eres um miestério de medo!
disse me que soube em outra vida
que os amantes de Paris
são pura vida,
poemas, pinturas em movimento.
Cada desenho sussurra
enquanto beijam-lhe a orelha
os encantos desse perigo oculto nos encontros.
Amor e juventude se abraçam
alma e canção
se encontram e extraviam-se
na atemporalidade dos orgasmos
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
O espelho que reflete a estrada no horizonte
tantos invernos em dois, se passaram
e os ventos continuam a trazer canções
amiude
os sóis de primavera
fertilizam nossos sentidos
apesar dos infortúnios em prantos gélidos.
O espelho que reflete a estrada no horizonte
ainda que disforme
nos mantem ser,
dissipado em pequenos risos.
Cruzo risos sobre pontes
curvas desses rios
abissais e frios
esperando o novo dia de sol
e os ventos continuam a trazer canções
amiude
os sóis de primavera
fertilizam nossos sentidos
apesar dos infortúnios em prantos gélidos.
O espelho que reflete a estrada no horizonte
ainda que disforme
nos mantem ser,
dissipado em pequenos risos.
Cruzo risos sobre pontes
curvas desses rios
abissais e frios
esperando o novo dia de sol
domingo, 2 de outubro de 2016
Eros lero lírico
prima parte
pro sol vermelho
parte se em odes à tarde
os olhos aprazem espelhos
Eros lero lírico
verbos gastos
na língua nova
renovam-se em prosa
pro sol vermelho
parte se em odes à tarde
os olhos aprazem espelhos
Eros lero lírico
verbos gastos
na língua nova
renovam-se em prosa
sábado, 27 de agosto de 2016
Tardi a mensagem
Tardi a mensagem
A dia
O minuto enfermo
Diria
O ensejo:
Je kiffe na folia
Se Cintilasse o fogo interno
O inverno não viria
A dia
O minuto enfermo
Diria
O ensejo:
Je kiffe na folia
Se Cintilasse o fogo interno
O inverno não viria
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
nos seios dos solstícios(dançando com os espíritos)
ah esses espíritos que nos rondam e nos induzem
à danças
onde odes e cabelos flamejantes tornam-se motes,
as mãos tocam nas cordas
como se tocassem pubis.
Os induzidos se perdem nos nortes
ainda ausentes
frementes loucos praguejam seus delírios
sons e bocas se perdem
no no sublime silêncio.
Eros, Orfeu e Dionysus
se encontram sem aviso
o porvir promete
gargalhadas solares
danças e êxtases
nos seios dos solticios
à danças
onde odes e cabelos flamejantes tornam-se motes,
as mãos tocam nas cordas
como se tocassem pubis.
Os induzidos se perdem nos nortes
ainda ausentes
frementes loucos praguejam seus delírios
sons e bocas se perdem
no no sublime silêncio.
Eros, Orfeu e Dionysus
se encontram sem aviso
o porvir promete
gargalhadas solares
danças e êxtases
nos seios dos solticios
sábado, 2 de julho de 2016
Sorrir é antes um evento que semeia vento
Se por ventura
estivesse eu
soçobrado em olhares e palavras,
ou fosse induzido a escolher
entre agir e sorrir,
escolheria o riso
mas evitaria,
o dever da escolha.
pois, sorrir é antes
um evento que
semeia vento;
agir é rir quando
o fim é sorrir;
Escolher empregar o verbo
no riso,
ainda
que indeciso,
é risco.
Entre os riscos
escolho,
ao vento agarrar-me
apos emergir
estivesse eu
soçobrado em olhares e palavras,
ou fosse induzido a escolher
entre agir e sorrir,
escolheria o riso
mas evitaria,
o dever da escolha.
pois, sorrir é antes
um evento que
semeia vento;
agir é rir quando
o fim é sorrir;
Escolher empregar o verbo
no riso,
ainda
que indeciso,
é risco.
Entre os riscos
escolho,
ao vento agarrar-me
apos emergir
segunda-feira, 13 de junho de 2016
n'outras tantas anunciadas noites
caminho
delicado do paraiso:
teu corpo
claro e macio
cúmplice
desse sol ausente
e x p l o d i n d o
quando em cores presente
evidencia o fogo escondido nos gemidos teus
que escondem-se nos acordes do silêncio
hospedado no seio de cada encontro
Exorcisa os teus seios à boca minha
enquanto o liquido salpicado
oriundo do teu êxtase transcendental
como uma nascente chega à boca minha
como uma nascente chega à boca minha
sacia essa sede
que debalde
retornara
n'outras tantas anunciadas noites
segunda-feira, 16 de maio de 2016
nas curde morgan
esse
rebolado igênuo e desconcertado
evoca labirintos a serem visitados ;
em suas margens me extravio
quero viver embriagado
do nectar deses rubros labios untados
pelos beijos do vento adocicado.
evoca labirintos a serem visitados ;
em suas margens me extravio
quero viver embriagado
do nectar deses rubros labios untados
pelos beijos do vento adocicado.
Antecipo,
ao sentir na sincronia desritimada
desse teu samba
as veredas desse édem a ser desvendado
sob os sons das maracas
em giros frenéticos.
Brindamos o giro envoltos ao sopro eloquente
do Dionisio iminente
e exilado, do seu eu dissidente
desse teu samba
as veredas desse édem a ser desvendado
sob os sons das maracas
em giros frenéticos.
Brindamos o giro envoltos ao sopro eloquente
do Dionisio iminente
e exilado, do seu eu dissidente
domingo, 15 de maio de 2016
estes céus feridos por olhares perdidos
Atônitos
nos deixam estes estes céus
feridos
por olhares perdidos
a
julgar suas proporções.
Imaginam
estes extraviados
que
atrás destes horizontes
onde
a timidez esconde o sol,
lugar inalcançável aos olhos,
onde talvez,
apenas o desejo de la estar,
apenas o desejo de la estar,
de alcançar os confins d'estes platôs
indiferentes
às nossas existências,
os alcancem
os alcancem
segunda-feira, 9 de maio de 2016
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Danço em valsas caóticas sob rés
Fora dos mares remotos
Sigo caminhando com a ponta dos pés
Sigo caminhando com a ponta dos pés
Dançando
em valsas caóticas sob rés
menores
são os maremotos
Nesses
platôs onde os montes indicam a trilha
mote
que em corpo destila
Segundo
torpe
Labiríntico
olhar de archote
Já
me entrego logo ao vento
À
espera dum rumo, um norte
Cruzo
estrelas cintilantes que evitam beijar o tempo
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Entres as pernas da eternidade
...e, vivemos a semear doces ilusões, danças e um amor surreal que morre e renasce em outros chãos, sob diferentes sóis, sob diferentes formas e em condições adversas. Entre as pernas dessa eternidade que dura uma madrugada regada a vinho, poesia e delírios, adormecemos e so despertamos quando as flechas selvagens do sol invadem nossos poros.
domingo, 27 de março de 2016
transeunte dum silëncio indomavel
Fui
transeunte dum silëncio indomavel
ao
passo que buscava amparo em raios
o
sol,
apatico
extraviava
se em meus olhos ávidos de fogo
mas
nenhuma gota me seguia
apenas
o anuncio tímido da primavera
confirmando
minha boa suspeita
de
que o horizonte onde nos encontraremos
se
aproxima
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