terça-feira, 15 de julho de 2008

palavras dissimuladas de realidade

posto o disfarce
oposto ao outro
disfarço desfaço
o julgado desastre
também disparate
primeiro
doutrino
a íntima vontade
depois desconstruo
cru o âmago ferido
diminui o ego
agora
aspiro ouvir
com o corpo
a dança e alçar
vôo e chegar à potÊncia

diário d'uma passagem vespertina

O tédio ergue o seu castelo, e seu império permanece
inabalável nas horas testemunhadas por esta escrita;
Ainda semi - coberto pela sombra da moral cristã, que,
pensara e julgara eu, outrora, ter deletado do meu corpo,
da minha cabeça, mas, dei-me conta da perseguição
desta onipotente estupidez, cultuada e com ar de divindade,
cujas ações são fazer-me o que seus criadores conceituaram de mal.
Aguça a culpa que eles empuram em nós guela abaixo, e não sei porquÊ
me acompanha, sendo que não é benvinda, nem tem convite
para comigo conviver.
Este, e uma série de coisas outras que regem meu humor,
estado de espírito; Me faço prosador com Nietzsche e Schop...
para quem sabe entender sensações que possivelmente
passaram eles, também por isso.

chuva descrita no recanto das letras do centro artificial

é chuva do lado direito de dentro
que cai num quadro de Jerusalém
bem além do meu interesse de ouvir
a estiagem de fora
do centro que cerca a fonte
das luzes tocadas nas cordas
sete do violão feminino
na tela que mostra a sensível mulher dedilhar
o clítoris da música
olhada da vila guardando
os livros de frente pra rampa
correndo em plásticas
doses de horas respingando
na duração

Citador


quando se ver um estudante com ar de intelectual,

logo que abre a boca e fala com um vocabulário rebuscado, fala sobre música filosfia teatro e do calendário maia, é possível perceber que tal ser, teve uma vida guiada por possíveis coveiros que colocaram num caixão, tudo de vital e prazeroso que os sentidos conhecem e nos fazem cometer o que chamam de disparates, e nada mais fará do que citar durante toda sua medíocre passagem pelo mundo ou pelo que denominam existência, e ler cadernos de jornal dissimulados de formadores de opinião e um juízo frágil e sem base. Inteligência ausenta-se, junto com ela o pensar a partir de uma rica observação e uma vivência "independente" de muitos dogmas e doutrinas.