quinta-feira, 21 de outubro de 2010

os maldizeres dos olhos escuros teus

ó tu...
que os maldizeres
do universo
das palavras evoca!!
Dizei em teu discurso eloquente,
o quão efêmero é o tempo
que te rege e nos une,
Esculmugai a verdade
eminente nos juízos
de teus escuros olhos

aspirada volta aos seios de Augusta, de Roberto


quando ontém
adormeci, nos braços de lembrança
houve um instante
em que o céu e os ventos
eram um só,
dentro dos advérbios
negados e renegados,
afirmados em sonhos
em folhas rasgadas.
Confusões e delírios.
São a búscola
duma paciência descomunal
-esta, dissimulada,
cantava o silêncio,
brindava o reencontro,
futuro breve da aurora,
- evidenciava os verbos
que atenuavam
a aspirada volta
para os seios de Augusta,
de Roberto.
Então, a paciência impora-se
para evitar o desequilíbrio
dos sonhos aqui postos

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

estoque de possíveis primaverís


na última única primavera,
entre os horizontes
vêm a promessa de vivência da segunda,
mas o que assusta é gelo,
embora, os filhos de macunaima, Iracema e jesuitas,
tenham em seu gene um braseiro oculto
que se manifesta e mostra
quão belos são os ventos
do verão na imensidão do oceano
que a nós se apresenta.

São adaptáveis,
são dançarinos desconhecidos de si,
que quando movem as cadeiras
e resolvem mostrar o dorso,
abre o leque da luxúria,
o anti deus aflora,
e nesse ditirambo real,
cuja divindade,
talvez venha ser uma lua desnuda.