sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

E os amantes da vida errante charfudam nesse poema maldito no conceito bendito na alma que leve passa por sobre a ponte


maldizer de quem te olha de ângulo
desconhecido dos olhos leigos
desfrequentadores do cerne dessa
carne cortada com a mais tetânica das navalhas
que rasgam as noites silenciosas dessa
passagem virtual pronta pra desfazer
os encantos cridos em signos
comerciais e fetichizados.
Longe de casa, a casa és tu,
que ontém me cuspia, mas involuntariamente,
mentia com as mesmas palavras
que eram resultado da equação
de raciocínio, inquietude
de expressões enferrugadas
podres e putrefando.
E os amantes da vida errante
charfudam nesse poema
maldito no conceiro
bendito na alma que leve
passa por sobre a ponte
que é essa corda mencionada
por Zara e representa um
entendimento com o significado
de vida e existir, como um trem
em movimento, em frente na aparência,
e que também na possibilidade da voltas
em volta de si, ou do centro que julga ser.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

adjeto adjuntando a nova ortografia da velha língua fechada

dose a pouca

vonta
de erame de idéias podres
e quem sa be esta ali
pra tirar de costas de A Z
ar vôe re volta na bosta
brusca prosa punhetada
em punhal ereto ejaculando o brilho
de fé r[r]ugem urgente
altera ânimo nocivo
adjeto adjuntando
a nova ortografia da velha língua
fechada
fachada fadada a mentir todo dia todo tempo
fora del egido guiado na volta
do raio suculento daquela estrela
dócil por dentro do meu imaginário

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

estupra estrofe

disforme ostra
estupra estrofe
o cofre forte da dor
de é isso que sou
somos senda uma
fenda ou fresta
com festa imodesta
morada no desmorono
o morrer verbo
do morro ontém
desconjulgado por
ser assassino
de regra ortográfica

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

des ORIENTE [ando] todo território da história humana

desfeitas as pedras
estreitas disfarçam
o buscar de progresso
no fundo regresso
ou retrocesso
nome de verso sem artigo definido
na hora de protestar
contra tudo que venha
ser o que não é ser
no sentido mais vulgar
duma filosofia barata marginal
que nomeia o enganador de si
que se auto-entitula pensador- apenas
de ocasião a enganar as meninas
deslumbradas bichetes das
ruas perdigueiras
em começo de ano
mais pra pensar em explodir
a casa dos sete banqueiros
sustentáculos dos mísseis lançados
desorienteando todo território
da história humana
pra depois falar das referências
de ser e espaço
atemporal de suas orações
justificadoras da mera vida
com sentido apenas na vontade
de força e na vinda do além das núvens
pra vingar as mazelas e suas próprias
tiranias dissimuladas de filantropia