sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Carta aos deuses



Ha sempre beleza na espontaneidade dos encontros, e há mais ainda quando fogo dionisíaco é comum.
 A vida sorri além do automatismo e logo tornamo-nos desobedientes dos regulamentos de deuses deuses avessso à dança, e ortodoxos.
É triste quando a espontaneidade desses encontros se perdem na burocracia dos joguetes ou da moral de recalce.
A poética do gesto que amolece e torna dançante corpos ébrios, livres de sentenças e ultimatos, girando em torno do que lhes apraz,
em torno de um sorriso de uma lua que brilha além de qualquer narcisismo ou hedonismo.
Pois, evocemos os encontros sob luares em rituais tribais fora de toda a domesticação estéril, fora da sensatez burguesa, pois,
afinal este mundo é mundo porque o concebemos como tal, e cabe a nós rasgar o protocolo e fazer da vida um ritornelo,
uma espiral que inspire-nos a viver e ser o ente poético, elan vital e não burocratas dos encontros forçados fatiados e fatigantes.