terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ninnananna - Modena City Ramblers


Camminavo vicino alle rive del fiume
nella brezza fresca
degli ultimi giorni d'inverno
e nell'aria andava una vecchia canzone
e la marea danzava correndo verso il mare
A volte i viaggiatori si fermano stanchi
e riposano un poco
in compagnia di qualche straniero
chissà dove ti addormenterai stasera
e chissà come ascolterai questa canzone
Forse ti stai cullando al suono di un treno,
inseguendo il ragazzo gitano
con lo zaino sotto il violino
e se sei persa
in qualche fredda terra straniera
ti mando una ninnananna
per sentirti più vicina
Un giorno, guidati da stelle sicure
ci ritroveremo
in qualche ancgolo di mondo lontano,
nei bassifondi, tra i musicisti e gli sbandati
o sui sentieri dove corrono le fate
E prego qualche Dio dei viaggiatori
che tu abbia due soldi in tasca
da spendere stasera
e qualcuno nel letto
per scaldare via l'inverno
e un angelo bianco
seduto vicino alla finestra

sábado, 24 de dezembro de 2011

concebendo palavras a esmos

outro dia, conversando com algumas palavras por mim concebidas um furor emocional, e diziam-me elas: "caro amigo e pai, gosto de você, e por vezes da forma como nos coloca no mundo. Porém, ultimamente, tem de pensar mais antes de conceber minhas irmãs, cujonato de falar tornou-se vulgar, a maneira como vem nos expondo. E geralmente você concebe palavras quando alguem aguça tua simpatia. Vens ignorando ou flexibilizando os critérios, tua simpátia tornou-se muito promíscua, ha que endurecer mais para que tua simpatia não ria para qualquer um. E ainda, concluimos que depois de nos conceber ninguem nos ouvia, nem nos via, fomos parar num buraco vazio sem som, não podiamos ver nada"

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Allein


sigo sozinho, pois você não está aqui.
Do que importa a populaça, toda multidão?
Tudo é uma paisagem sem adornos, sem cores.
Voltarei à montanha, até a sua volta.
Os transeuntes e frequentadores das praças dessa cidade,
estão surdos, suas orelhas cresceram demais,
já não podem escutar os sons de minha voz,
minhas palavras.
E minhas palavras
só você é capaz de decifrar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Inspiração e Ducci Ri


meu amor esta no ar, em muitos corações, ele circula com os ventos,
abraça os arco-íris, beija teus sonhos,
me beija e alivia-me do medo de viver.
Mas não tenho medo, não mais agora.
Tenho a força de teus olhos que me guardam!!
lembra-se daquele orgasmo,
ele me nutriu com a potência de teus flúidos,
se fundiu com os acordes de nosso gemidos e tornou-se música.
Ainda sinto o cheiro de tua dança,
os números de teus passos, e cada curva de nossas valsas imaginárias. !!!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mingus e os devaneios



Este devaneio parace um parreral...
Aqui tá um parreral.
Se fosse de dia
a céu aberto,
com uma boa brisa e o sol,
aconteceria um terroir.
No mesmo horrizonte
torna-se visível um grande rio.
E nós, em suas margens
alimentando a equação corrente,
cujos acordes nos banha.
Este mesmo rio
multiplica suas vertentes
que mais adiante reencontram-se
em possibilidades experimentais,
distorções, porém,
rumam ao mar musical e infinito.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Tristan and Isolde - Black Moon (Louis Malle, 1975)

caro indio velho


caro indio velho
recebi,
por
torrentes
cartas da sibéria,
também fotos de anjos exterminadores
subindo ao céu,
imagens de Godard, Chris Marker
atônitos gritando:
o "fundo do ar é vermelho,
estátuas também morrem".
Depois de perdidas
por descuidos estas pérolas,
agora num breve start t
udo retorna trazendo alegria,
mesmo artificial e fugaz,
mas, descubro que posso fazer durar,
como olhar o nascer de uma estrela dançante.

as auroras dançantes da primavera(ode À Frau Lautenschütz)


minha amiga
minha amiga... as gotas de orvalho me alcançaram após tantas eternidades de deserto... e o verde que era miragem, agora é possível quando paramos para contenplar as auroras dançantes da primavera

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

abismado


passaeva em núvens e um desavisado subiu a altura de um raio próximos às núvens, era um hóspede bem indesejável e temeroso para Muitos. O abismo. Eu já não o temia. Chegou sorrateiro e quis saudarme com um aperto de mão, mas eu evitava olha seus olhos. Não por medo, mas por falta de beleza, e não queria revê-los outra vez. Esse malandro conspirava contra minha força que se manbtém junta, com a fluidez da vida minha. Mas nem isso dispersava a força, mesmo uma instabilidade também passeasse por essas terras por eu descritas acima. Essa instabilidade trazia uma vontade de potência, evidenciava o movente, fertilizava o terreno para poemas rebeldes.
O abismo teimava em olharme de frente, e então o encarei. Olhar este hediondo olhos nos olhos não me abalava, porém me remetia a labirintos, e me força a usar minhas abilidades de jogador para manter um riso, uma vida, a beleza que esbanjava reflexos da vitalidade presente. Cansado de sua insistência, saquei uma espada de ogum e um espelho. O fiz olharse, eu disse lhe o quão era feio e ele desmanchouse com sua feiura e com o brilho da espada.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

soli

sai de mim por uns instantes com o intúito de verme de outra pesrspectiva, e notei que fazia parte de uma marcha com gran de aglomeração de solitários. Mas vi que fui à margem dessa, e já não estava sozinho. Me reconciliei com uma velha compania, essa sempre me remete à inspiração, à criaçaõ e reflexões necessárias. Outra vez reconciliado com minha solidão, um bom exercício ...

sábado, 13 de agosto de 2011

a lua ensi nu a


nua na rua, a lua ensi nua,
se sua, enquanto o olho flutua,
ao som dum blues,
e mira rente o azul,
horizonte, sem medo,
sem citar ar pra Creonte, pois é cedo
....

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

devaneios, vazios


derrepente num sonho um personagem se dá conta que o amor o qual acreditava ainda fazer parte de sua atmosfera, era um ponto na memória que ele sempre retornava, mas que, com as chuvas de acontecimentos, o retorno dos envolvidos noutros sonhos que também faziam parte dessa atmosfera, se esvaziaram do comum, do recíproco e principalmente do amor que era o mesmo ar que ambos respiravam. Por mais que o personagem adornasse o sonho, a conclusão de que toda ação era tardia e inútil, tornava-se latente, e esse evidente intensificava-se com os contatatos supérfluos nas brechas que separavam os mundos distintos, embora os dois compartilhassem no passado e nalguns instantes a mesma atmosfera. Não sei se é um sonho triste, ou um sonho representativo que deve ser tomado como um sonho sem reações sentimentais. Mas o fato é que o vazio mostra sua supremacia e me ensina que é preciso sair do sonho, ou mover-me dentro dos que me invadem, e que zombar dos sonhos é condição para seguir adiante e não surpreender-me facilmente com devaneios atemporais ou até mesmo efémeros.

terça-feira, 19 de julho de 2011

velho céu de núvens tristes


velho céu de núvens tristes,
abrigas em teus vazios tanta fumaça,
tanto desespero dissimulado de progresso,
que é refletido nas camadas de sujeira em tuas transparentes dimensões...
Velho azulão de profunda imensidão,
quero, quando brilhas teus olhos de oceano,
ocultar-me em teu azul assim como o faz
aquele carrasco divino
com sua estúpida onipotência.
Quero armar um rede em teus braços,
brindar com vinho nossa amizade,
minha adimiração por teus horizontes

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ares alheios e a cúmplicidade do vinho

pois !!... relevantes são as taças transparentes
e a aparente neutralidade delas. Nelas vejo a dança de ares alheios,
e a cúmplicidade do vinho e seu vermelho rubro. Vejo formas,
caminhos para a música e um oculto levitar... vejo o infinito

segunda-feira, 4 de julho de 2011

cinza das elegias


nas cinzas das elegias, em cada terroir, naqueles ventos que beijam os cumes onde o topo os arremessa para baixo banhando as videiras, tornando os rituais com a presneça do vinho, póstumos ao sacrífio das uvas, e digno de canções estabilizadoras, ritonelos, ...é nisso que vejo intermináveis poemas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

pútrefa poética


poética persistente
reflexo da resistência,
perfura os muros da totalidade,
envenena-nos contra a escravidão da língua,
fomenta o amor, conclama imoralidade,
transborda a ampuleta
navegando numa corrente de esponetaneidade
desfaz sem compaixão os nós dos estatutos,
e os reduz a nada,
vais entre dedos passando,
torna-se água, carrega o deserto
em suma semântica,
destemendo o ofício, antes dito,
ao rasgar os pergaminhos
guardados nos baus da memória

desnuda, se entrega à luxúria
esbanjas teus labirintos
ainda que iconoclasta,
clarea o cavernoso coração,
grande inimigo de coveiros
covardes com togas,
títulos cadavéricos, assassinos
do corpo, com sua aversão ao lirismo,
impõem sua dinastaia aos corações,
mas a poesia resiste, ela resiste
insiste em rir, em dançar
além de seus olhos tapados
pela falsa sapiência

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Einstürzende Neubauten - Sabrina


It's not the red of the dying sun
The morning sheet's surprising stain
It's not the red of which we bleed
The red of cabernet sauvignon
A world of ruby all in vain

It's not that red

It's not as golden as Zeus' famous shower
It doesn't, not at all, come from above
It's in the open but it doesn't get stolen
It's not that gold
It's not as golden as memory
Or the age of the same name

It's not that gold

I wish this would be your colour...
Your colour, I wish

It is as black as Malevitch's square
The cold furnace in which we stare
A high pitch on a future scale
It is a starless winternights' tale
It suits you well

It is that black

I wish this would be your colour...
Your colour, I wish

terça-feira, 21 de junho de 2011

Frases


são imcopreensíveis os desejos que nos tomam de assalto, demostramos, e depois a abominção por espressar às rocahs, estes, também os recortes de alefria e entusiasmo, como nas crianças, por uma descoberta. Mas, é inútil compartilhar com espírots insensatos, e que não compreendem os cunhos vernáculos de cada vocábulo, como dizia Bandeira

soçobraram os falsos céus


a ponte partiu-se ao meio,
agora não mais o velho acesco.
POis tambem seu fim era os céus,
e estes falsos céus soçobraram,
o além dos nuvens
o qual acreditávamos lá viver,
tornou-se idéia esquecida,
seus revernciadores
agora são vermes vageando em solstícios,
são nada entre estrelas. O
que há para contemplar
são as gotas de orvalho
oriundas do choro de aurora

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Deusa Europa


Oh bela bela princesa,
filha de Aginor, tens a beleza,
cujas dimensões só poetas e amantes conhecem,
porém, imensurável aos olhos,
tantos tentaram te raptar,
jamais tiveram êxito nas empreitadas,
até mesmo o rei dos deuses
precisou transformar-se em touro branco
e atirar-se ao mar,
em plena aventura,
para unir-se à seus encantos.
Bela deusa, abriga em teu seio,
o devir, a ponte cujo destino
é uma suposta alegria contida,
tens meus olhos,
tens o amanhã nos meus passos,
mesmo que passageiro,
se faz necessário ser transeunte
em teu dorso

tão longe, tão perto


a saudade transborda,
e nela sucumbo mil vezes,
ha uma lança
que cruza os espaços e tempos,
há uma breve angústia,
por essa tal lança não ser paupável,
pelo mundo não caber entre os braços,
pela imposasibilidade de voar.
Oh belo oceano, escondei tuas dimensões,
sede pequenino,
tornai tua travessia
conjulgação do efemero

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dança para íris(para minha amiga íris)

leves vozes flertam
em formas, brisas bailam
e (n) cantam os olhos
ouvintes de asas doces
que escorrem
nos acordes de seus gestos
enrubrecidos e atenuantes
rumo ao arco, Íris.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

metafísica musical

nÃO física, tampouco meta-físico,
encontram-me matemático, acorde,
as vezes fragmento de emoção,
oriunda do prazer degustativo
de uma música que toque profundamente,
talvez meta-fisico, se é que se pode dizer,
que emoção o é. Já que pra alguns, este

estado, é um nirvana, encontro com deus, ou,
quelquer coisa parecida.

posso ser rio, já não conceito,
mas físico, poesia corente,
não linear, não homérica,
mas canto, oral aedo,
meio homérico, meio heráclito,
moviemnto- em falso
acesso, cada-falso, cada toque,
cada compartimento, diário,
destemido,
risonho e meticuloso,
nAS tardes,
rupturas
confusão de língua,
som sem mapa referência,
um raga indiano, meio tom,
a-tom, anlitico, dançarino,
quase dilacderado,
mas parou na porta da razão,
quando chegou a aurora,
disse a si, que seriA MAIS,
Que dicotomia, soçobrou
em risos e rimas
transcreveu-se,
porém, a imcompreensão,
permaneceu no apogeu.
esqueceu-se

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Odé à Maré


a maré mansa surgiu, encantou,
trouxe consigo uma brisa, trouxe um sorriso,
um sorriso que me beijava os olhos,
suas mãos, suaves, doces,
e com aroma intenso de eternidade,
suspendia o tempo,
através de um singelo gesto,
trouxe a potẽncia, na livre expressão,
na dança silenciosa.

maré que banha a lua,
se inclina no mundo,
leva a primavera, adorna o cinza do inverno.
Desfaz-se o dia, e aurora brinda sua ascensão,
o levitar do espírito.
Distante terrenamente,
perto de alma, de memória e presença.

domingo, 3 de abril de 2011

acorde irreal


coração de asas nômades,
as moscas insistem em rodear teu sorriso,
mas ja conheceste os taninos de cada pinot noir,
a ardor de cada final,
a dança interrompida quando o pulsar ainda é constante,
a marcha das borboletas
rumo a um império no nada,
As correntes de ar
que aos olhos, trazem venenos
da fumaça e do desencanto da vida urbana.
coração de asas nômades,
salta de noite em noite,
a procura de um peito conveniente,
coração louco, entre a espada e a luxúria,
entre a tarde e a calmaria colérica
do amanhecer ainda incógnito,
ó tu, vá buscar uma canção que estabilize,
dentro desse platô, nesse pântano,
e ao cantar respire esse meio,
esse crepúsculo que talvez seja medonho,
guerreie em nome das mais hediondas emoções,
corra ao abismo e pragueje o amanhã esquecido,
pelos amantes mortos pelo orgulho.
coração vazio,
desvencilhe-se desse estado,
desse pecado,
dessa suposta cadência suiciada,
abrace o irreal
dos acordes esquecidos no silêncio,
e legitime essa linha de tênue
que nos separa dos signos reativos

terça-feira, 29 de março de 2011

pairo num suspisro do suposto fim


doce dito dentro doutra hora desdita,
dizia que iria ao longo sopro vespertino
flertando com núvens em meio dia,
em dia jazia o gosto
do não seber das ondas sonoras
que agora passar por timpanosos olhares,
e, aparenta o dissonante,
ser meu transportador
por horizontes surreais,
d'onde tiro leveza
sem artigo que dê certeza,
dúvida convicta
dos hiatos, dos tons,
dos desvios, difusos
em improvisos, em rizos...
deslizo, arrisco
um gesto tímido.
i finitamente
pairo num supisro do suposto fim.

segunda-feira, 21 de março de 2011

asas invisíveis e desejantes


com asas invisíveis e desejantes
voam os sonhos entre brisas e luzes
vão se, pelos sons nos escombros da noite
que se refaz em raios solares e primaverís,
em forma de sorrisos, em desformas,
vagando em linhas imaginárias

uma disfunção, um desvio


Já não é relevenate essa sombra,
o desdém, desmoronam-se,
se desativam no muro defensor,
enquanto soam os acordes
de Hendrix, e meus tímpanos,
eufóricos permancem,
o entendimento se potencializa,
mas, latente deixa o incompreensível,
transitando para anti
racional de Kant -
este pastor que jamais
compreenderá um blues,
um batido, un sonido,
uma disfunção, um desvio

sábado, 19 de março de 2011

Música para o largo coração


Eu tenho um largo coração,
ele aumentou, desde que meu amor se foi,
e não tem tempo para diminuir,
não tem não tem...
já morreu o temor, ele sempre ressuicita,
mas agora, talvez dure uma eternidade
para isso acontecer outra vez.
Vejo de longe a lua, ela convida
a uma viagem, ao intensivo,
ao além daqui.
Talvez traga um riso de criança,
fertilize essa terra seca, essa gente insensível.


J'ai un grand coeur,
il a augmenté, depuis mon amour est parti
et n'a pas le temps de ralentir,
n'a pas ...
la peur est décédé, il a toujours ressuicita,
mais maintenant, peut-être dure une éternité
pour que cela se reproduise.
Je vois la lune à partir d'une distance, elle invite
un voyage à l'intensité
En plus ici.
Peut-être apporter un sourire à un enfant,
fertiliser la terre ferme, ces gens insensibles.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Frau M


Falar, derrepente tornou-se compexo.
depois de uma palvra acidentalmente mal empregada,
o afeto se suspende, e com esse ato, uma série
de pontos de vista entram em xeque,
até mesmo por pura espontaneidade da situação.
Todos os sentidos de linguagem,
todas as projeções,
viram nada,
todos os dias se anulam,
e o futuro em risco,
por um instante
que nos toma de preocupação,
por puro desvio
e queda na trivialidade involuntária.
os recortes acumulados na memória,
estes tornam-se irrelevantes,
mas passa...
num despertar das ações,
dos afectotos enviados,
seja por telepatia,
seja por outra vias,
eles se sobressaem,
eles, apesar do risco de uma demora, ou fracasso na empreitada,
eles tendem ao sucesso.
E isso é o que importa:
sair a amizade, entre presas, venenos
e afins,sair icólume do desastre.

terça-feira, 8 de março de 2011

vital entusiasta



Iconoclasta manhã,
arranque os anseios das profundezas do meu ser,
com seu robusto terroir,
e adistringência inegualável,
dentro do sensível,
oposto ao intelígivel,
visível,
vital entusiasta,
traz consigo
a fertilidade dos solstícios,
traz o sorrisso e ardor
do grande astro.

terça-feira, 1 de março de 2011

desavisos trilham afins


desavisos doentis
por longos trilhos trilham afins,
pouco a pouco as doses saem
a caminho da resistência,
e, icólumes, remetem-se
ao ponto partido onde quase me dissipo.
...
Sincrônicos com os afins,
os anseios pairam nas praças
enquanto o dia grita,
brindando uma suposta aurora.

De vertigem em vertigem
a boca, cafetina do próximo pulsar do tempo
salta aos olhos do poeta
ébrio de olhares curvos

sábado, 26 de fevereiro de 2011

entre sóis


entre sóis e noites surgem cantos
que passam em fendas de março,
e nos hiatos entre as estações tocarei harpas,
nas sombras esconderei o medo latente nos olhos de visitante,
ou forasteiro, sempre em movimento,
...sempre cruzando ciclos..

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

em construção


em primeiro plano,
insisto no suposto incesto
aposto em página clara
a quem declara
um começo cortando pretexto
dum  inusitado contexto:
camelos em pleno devaneio,
testemunham a musica o ensejo
transitado tímpano altivo
que gemem dentro do ouvido
frente à frenética madrugada
latente a cada descida da pálpebra,
este rio que segue incerto,
quase um labirinto que soa
ao bons olhos de suas margens
condenadas, ou não a olhar sempre
até que um bom homem faça o curso idiscursse o desvio de um destino incógnito.
se o jogo é desentender as oracoes semânticas,
sentidos linguísticos,
disponho de práticas desnudas
desaguadas em memoria do fora
daqui, dessa língua, codificada
criptografada desgarçada
doce, em minutos, tarde em taninosa e suculenta adistringência,
igênua com veemência,


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

horizonte alvo e rubro


uma lua cor de fogo
naqule horizonte alvo e rubro,
enquanto alguns pingos repugnantes
insitaiam em furar muitas paciências,
mas jazziavamos noite em formas
sem pensar em prorrogar ansidade
de nunca chegar ao fim inalcancavel,
e sem acentos...
este era o testemunho
de um instante como devaneio,
como impermanencia...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

uma zebra arranho a céu[va]


agora mesmo! ja!
penso nos pingos vindouros
cuja ameaça de queda,
nos causa um certo temor.
uma repulsa pela água ácida,
do céu azul
num dia cinza,
numa praça
uma zebra arranho a céu[va]
de pedra voante,
na selva invisivel
do parque com sua
paisagem aniquilando
os olhos famintos de amor

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

memória e ausência de espaço

memórias, elas existem, consituem, e algo, como ausência a ela nos remete.
É de se deliciar com o vivido, mas doloroso querer retornar a um real parecido,
ou voltar ao mesmo ponto da memória.
E se não é possível passar por algo quase idêntico, um certo desgosto nos toma de assalto.
por isso remeto-me À música tocante do eu, pois, ela estravasa nas linhas do tempo.
Ela passa autônoma por todas essas fronteiras, e com ela é possível
entrar nessa ausência de espaço.