terça-feira, 31 de dezembro de 2019

O verbo sai do tempo gasto

Um verbo sai de tempo
Gasto
Voa de cama em cama
À fiasco
À sorte clama
À morte Aclama
Esperando o corpo atravessar a história

O que era alento
É agora sem abrigo
O peito extrapola o eixo
À Fora

É pretérito amar
Viver é urgente
Amar arduamente
Aldente
Si busco ofuusco
Infindo afino o fim do tempo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

O som ouvido no abismo

Rasga a fonte
O samba Sã
não precisa de musismo
O som
Ouvido no abismo.

Fantasmas alegóricos
Distorcem o amor
Sentido pulsante

A noite abriga dores
O frio habita
Os corpos
Pouco à pouco
O oco impera o apogeu

É preciso partir
O contexto é incoerente
Rir é ridículo aos olhos congelados
Dos médicos da própria loucura
A rua cura
Cura dor
 inspira dor
Não centro adentro
Ardor
Arte podre avisa:
Não é a hora, va- t'en!

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Plá Giobim

Assim como beber
Escrevemos por escrever
para esquecer

Eu escrevo pra escapar aos males
Do amor

J'ai écris à jobim
En demandant de faire
Une copie assim

Sans luiza comme sujet
Mais ainsi
Pour oublier

Sans réponse j'oublie
La route qui m'amène à tes rouges
Yeux perdus au sein des doutes

Poème et Lambada
Transport et trahison
L'amour n'est jamais distant
Disons...

Le vent sème des illusions
Et Jobim chuchote encore et encore
Et La lune continue à l'écouter, encore

sábado, 14 de setembro de 2019

Vernáculos incoerentes

Pensando à canção e pensando os abraços recebidos pelo vento, nas tantas formas geológicas
Fiz me pássaro, cruzei desertos,
Bebi o nectar das ervas fermentadas em altares,

O tempo aproximou se
Baixinho confiou me
Como num filme que  escancara
Em seus planos e é diálogos matafisicos
Os segredos para seguir ajudado
Pelo raio, pelo vento
Seguir surfando nas torrentes
E mesmo para dançar
À dança frenética dos acordes
Ispirados pelo barco que segue ébrio
Mesmo após um século de revolução poetica.

Se pensarmos as formas estéticas, as formas dos rochedos, das falésias esculpidas pelo duração, esqueceremos a coerência dos vernáculos
E sem temer o isolamento da época
Concebemos a beleza dos abismos,
Mesmo aqueles outrora temidos.
Quando se aprendepos a flutuar
Esquecemos o frio dos ventos
Que nos avizinham nas nas travesías.

                 A. K

sábado, 10 de agosto de 2019

Noite tenra abriga as trovas

Em seu reino de moscas
Envolto em seu manto de solidão
O rei endereça sua fala aos mortos,
muitos, Deveras
Os mais novos fanáticos dessa era.

Arauto de gerações perdidas
Faz nos acreditar no incerto
Fim fracassado.
"ao vencedor as batatas" ao impérios, as baratas
Aos perdedores o trono
É aos niilistas, o universo, os versos

O canto ensolarado indica o norte
O Riso acena à rima, à sorte
O desesperar não sinonima a morte
Noite tenra abriga as trovas
Saúde boa o poeta aos sãs, exorta
Enquanto o coletivo, moscas o trono corta

domingo, 14 de julho de 2019

Embriaguez da interação secreta


Ébrios de uma secreta interação
os corpos dançam em traços fortes
clareados pelo olhar imaturo exterior
Enquanto as lágrimas alegres
Da flor dos olhos
Celebram a excitação do corpo
Adistringente
Oh singela imperfeição
Fora esquecida nos versos
Balbuciados pelo silêncio
Saltas de volta
à embriaguez oscilando
entre o transbordante segredo partilhado
e a linha traçada rumo ao provável impossível,
promessa lançada ao torpor
Que a felicidade
não seja jamais a moeda de troca
Mas um ponto na duração,
instante apaziguado

terça-feira, 9 de abril de 2019

Le temps verbal n'a jamais été si léger

J'ai plongé dans ces yeux 
qui se poseront sur l'horizon de l'avenir épargné
Où figurent les plages de LA CALÉDONIE tropicalisée
La lune légitimait la rencontre en donnant ses vœux 

Le temps verbal n'a jamais été si léger 
Malgré le fait que les mots 
se montraient si fragile face à la complicité des peau
Et encore, il s'épanchait sans regret 

Les corps en fête s'éclairaient 
Par un faisceau lumineux 
Sans cacher le parfum doux des nos sourires 

Le cœur rempli de joie en profondeur
Évoque le lendemain des fleurs 
En attendant une nouvelle immersion non sursise

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

eternos gestos em golpes de vento

posou os olho nos passos
cortados pela sedutora
voz vinda do sul

Mercava o verbo
gasto a gosto
Lua orgástica, luz atemporal

vinda dos retornos
eternos gestos
em golpes de vento

atravessam o peito inzoneiro
onde amores infindos
Lapidam-se indiferentes ao tempo