terça-feira, 29 de março de 2011

pairo num suspisro do suposto fim


doce dito dentro doutra hora desdita,
dizia que iria ao longo sopro vespertino
flertando com núvens em meio dia,
em dia jazia o gosto
do não seber das ondas sonoras
que agora passar por timpanosos olhares,
e, aparenta o dissonante,
ser meu transportador
por horizontes surreais,
d'onde tiro leveza
sem artigo que dê certeza,
dúvida convicta
dos hiatos, dos tons,
dos desvios, difusos
em improvisos, em rizos...
deslizo, arrisco
um gesto tímido.
i finitamente
pairo num supisro do suposto fim.