quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mingus e os devaneios



Este devaneio parace um parreral...
Aqui tá um parreral.
Se fosse de dia
a céu aberto,
com uma boa brisa e o sol,
aconteceria um terroir.
No mesmo horrizonte
torna-se visível um grande rio.
E nós, em suas margens
alimentando a equação corrente,
cujos acordes nos banha.
Este mesmo rio
multiplica suas vertentes
que mais adiante reencontram-se
em possibilidades experimentais,
distorções, porém,
rumam ao mar musical e infinito.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Tristan and Isolde - Black Moon (Louis Malle, 1975)

caro indio velho


caro indio velho
recebi,
por
torrentes
cartas da sibéria,
também fotos de anjos exterminadores
subindo ao céu,
imagens de Godard, Chris Marker
atônitos gritando:
o "fundo do ar é vermelho,
estátuas também morrem".
Depois de perdidas
por descuidos estas pérolas,
agora num breve start t
udo retorna trazendo alegria,
mesmo artificial e fugaz,
mas, descubro que posso fazer durar,
como olhar o nascer de uma estrela dançante.

as auroras dançantes da primavera(ode À Frau Lautenschütz)


minha amiga
minha amiga... as gotas de orvalho me alcançaram após tantas eternidades de deserto... e o verde que era miragem, agora é possível quando paramos para contenplar as auroras dançantes da primavera