quarta-feira, 3 de agosto de 2011

devaneios, vazios


derrepente num sonho um personagem se dá conta que o amor o qual acreditava ainda fazer parte de sua atmosfera, era um ponto na memória que ele sempre retornava, mas que, com as chuvas de acontecimentos, o retorno dos envolvidos noutros sonhos que também faziam parte dessa atmosfera, se esvaziaram do comum, do recíproco e principalmente do amor que era o mesmo ar que ambos respiravam. Por mais que o personagem adornasse o sonho, a conclusão de que toda ação era tardia e inútil, tornava-se latente, e esse evidente intensificava-se com os contatatos supérfluos nas brechas que separavam os mundos distintos, embora os dois compartilhassem no passado e nalguns instantes a mesma atmosfera. Não sei se é um sonho triste, ou um sonho representativo que deve ser tomado como um sonho sem reações sentimentais. Mas o fato é que o vazio mostra sua supremacia e me ensina que é preciso sair do sonho, ou mover-me dentro dos que me invadem, e que zombar dos sonhos é condição para seguir adiante e não surpreender-me facilmente com devaneios atemporais ou até mesmo efémeros.