segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ode ao amanhacer

pois, que as luas repousem em meu quintal,
que seus respingos tornem-se ouro,
mel, emoção...
que toda aurora abra seus gotejantes olhos de oceano
gotejando orvalho
que alimente os amantes
aqueles que esperam seu anuncio,
quease sorrateiro,
mesmo que em seguida caiam no sono

quinta-feira, 25 de abril de 2013

respingos lunáticos fazem soçobrar a impermeabilidade

respingos lunáticos
fazem soçobrar a impermeabilidade
da aurora,
ainda cedo quando o corção,
ruma ao degelo,
a razão extravia-se na natureza humana,
o corpo é todo labirinto,
a imensidão é finita,
o desejo, insaciável

terça-feira, 23 de abril de 2013

rasgando os inóspitos olhares



desenhando horizontes distintos
rasgando os inóspitos olhares,
ainda que desdenhados pelas sombras,
riem ao passo de uma valsa solitária e niilista
mas já não chora ao ouvir seu silêncio
clamar amor quando volta aos braços da saudade,
não desperecebe a lua se ela paira num céu triste e longínquo,
simplesmente o embeleza, e com ela flerta.
são os olhos da amada.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Devaneio Noturno

inuar desnuviado, já pelas tantas da noite,
quando o silêncio preenche os espaços vazios,
quando os poetas despertam e suas canções,
soam para si com Harpas na Birmânia,
como sinos da morte e ainda, desvencilham-se dos fados,
e gotejantes caminham pelas estrelas dançarinas,
na transversal do tempo,
articulam o nada,
sincronisado com todos os corações ardentes,
atingem os cumes e desfrutam terroir,
banham as entranhas da felicidade e da melancolia
em cada margem existente nos rios imaginários.
Mentem, pois palavras são manipuláveis,
fragmentam-se, dançam sem critério,
querem, desquerem, se esquecem,
são o que são, não são
não,
nem isso
nega-ação
nega o não
diz
vão