quarta-feira, 26 de março de 2014

disfarça na praça

Rouba a pele da lua
disfarça na praça,
eu, porém não vejo graça,
no dissimular da risada crua.

aspira o riso de raio
solar de charme lunar,
jamais poderá
manter-se no ar nuviado,
desarborizada melancolia,
possível
antipatia, travestida
em conceitos imperfeitos

sexta-feira, 14 de março de 2014

Atirou ilusões no peito dos olhos

Em troco um desesforço
tosco papel
fosco em faíscas
o agito grita à gíria,
ou Jargão, apito ?
Atirou ilusões
no dos olhos.

Ao alto declina o arvoredo,
ao vento ruma este dia
em busca duma fresta
que infeste o esperado
instante de uma melancólica alegria.

Noite em chama





Um gesto previsto apagou
o riso do dia.
Trouxe o céu,
de volta o riso
despretensioso, lunar,
o brilho ofuscou a dor
e trouxe à tona 
a beleza e hálito fresco
do silêncio noturno

terça-feira, 11 de março de 2014

Dançando




Desafiou-me a uma dança,
acaso desconheceis minha habilidade com dança ?
pensais que que não aprendi dançar sobre as cordas esticadas
entre abismos, pensais que sou eu um estojo?
Ainda que a malemolência dessa dança
torne-me aos teus olhos isoneiro,
ela é uma fonte de risos, um gurda-chuva pintado
com as cores de Van Gogh, cheio de firmamentos rasgados,
um coração transbordante, potência revolucionária,
uma vez que se encontrou o riso
é quando o horizonte soçobrou
tornando-se poesia,
deixou de amedrontrar os corações,
amantes dessa canção.
Tonou-se atemporal, corpo

sexta-feira, 7 de março de 2014

o amor em que estão

O Amor em questão
que estão
matando,
o progresso regresso
do gado gato
morde o rabo
pardo à tarde
põe-se em cinza
Escurrega a fumaça
fuma o trem,
os agentes defendem
de jeito elétrico,
cadáveres possados
com tablets
acendem o azul
artífice livre o livro
do rosto do muro
in feiciburro

quarta-feira, 5 de março de 2014

Ha tempos sadou-me uma visitante

Ha tempos sadou-me uma visitante,
foi-se, há tempos,
distante, flerta comigo às vezes,
mas não retorna por por longo tempo,
Suas visitas coincidem com instantes de convulsões mundanas.
Melancolia visitante,
venha de mãos dadas com a inspiração,
ainda que não tenhas flexibilidade de dançarina,
ainda assim venha leve dissimulada de brisa marítima,
não temas as cegueira que sai do meu sorriso,
não temas minha dança.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Notas para um futura cança, esfinge de uma saudade

na vez primeira
quando o encontro de nossos olhos
houve, atônitos,
uma afeiçaõ dominou-me,
e ainda, a chama mantém-se
Vivaz e ansiando
a próximo recorte
e de tus ojos me 'namori,
direi anos depois,
ainda tomado pelo afeto
bem nosso comum.
La luna, la musique
et l'amour de nous
toutes ces choses semblenten,
a mística desconhecida,
a canção sedenta de nossos
lábios a balbuciar,
traz o loin até nós,
cortando a lunha,
atenunado nossos sonhos.



É carnaval

Soam em ouvidos carnavalescos, também em apocalíticos,
os sons de trombetas, tumpets e desafinados gritos,
isso no auge do fogo Babylônico,
propriamente dito. Um signo em forma de jargão.
Enquanto isso, o mundo na experctativa de uma nova guerra bélica on-line,
à espera de um Deus que lave as cinzas do carnaval
e leve a tensão a um suposto Hades. O mesmo suposto Hades, onde criaturas fantasmagóricas e saltinbancos,
cadáveres fantasiados e com máscaras clamam pela vinda dos Titãs,
clamam por batalhas, empreitadas análogas às de Zeus. Negam, afirmam, se enganam, e o desespero dissimula-se, faz-se cançaõ nesses corções, prontas pra extrapolar o limite metafísico e serem cantadas no próximo carnaval.
Seguem desconexas as palavras de ordem, foram suspensas, junto ao Juízo,
Há excessão nesse durar, ha ventos totalitários que rumam a lado nenhum, há apenas ologramas em devaneios, a la carte.
No ritmo dessa marcha insensata, abastada de inzoineras paixões. Pode ser o fim da festa, pode ser o prícipio de apeisonamento e a bertura de uma cortina repleta de possíveis !!
É carnaval !
É carnaval !
É Carne a val !
É Sem aval
Saraval !