“...eu condeno o cristianismo; lanço contra a Igreja cristã a mais terrível acusação que um acusador já teve em sua boca. Para mim ela é a maior corrupção imaginável; busca perpetrar a última, a pior espécie de corrupção. A Igreja cristã não deixou nada intocado pela sua depravação; transformou todo valor em indignidade, toda verdade em mentira e toda integridade em baixeza de alma.”Friedrich Nietzsche
Poesia, literatura, poesia ádiovisual, poesia da imagem, fotografia, dionysus e os encontros entre palavras e pinturas
domingo, 6 de julho de 2008
Eu e Goya
dias ereto
sem versos concretos
rostos dispersos
imagens desertas
o nado do excesso
num olho reabre
janelas percebe
movimento partido
dogma político
desprazeres aflitos
retornaram aos dias
de deserto conflito
abraço o vento tempo
tristonho moinhos
espalham palavras
na sopa ferida chorona
presencia a mosca água
seguida por vales
sombrios das vidas
sem vida lasciva
procurado olho porteiro
perda de texto e emoção de ter estes amigos
De alma enferma
Exponho aqui
Minhas lágrimas silenciosas,
E meus olhos de chafariz
Denunciam uma pungente tristeza
Que me habita neste instante,
Causada pelo extravio de duas poesias
As mais intensas e bem lapidadas
Segundo minha sensibilidade.
Seria para alguns, egoísmo,
Tentar chamar atenção
De quem quer que seja,
Devido ao acontecido,
Mas só o âmago
Que as concebeu sabe
O tamanho da perda,
O quão dói perder
Uma parte tão ínfima
De si
Exponho aqui
Minhas lágrimas silenciosas,
E meus olhos de chafariz
Denunciam uma pungente tristeza
Que me habita neste instante,
Causada pelo extravio de duas poesias
As mais intensas e bem lapidadas
Segundo minha sensibilidade.
Seria para alguns, egoísmo,
Tentar chamar atenção
De quem quer que seja,
Devido ao acontecido,
Mas só o âmago
Que as concebeu sabe
O tamanho da perda,
O quão dói perder
Uma parte tão ínfima
De si
Jace prima
Jace vou na busca
Ruidosa música
Da brotada, habitante do passado,
Porém vive, cabe no presente
Dado por memória, quem o torna atual,
Aqui , na Serrinha morada concreta
De prima obra de Santos
O vizinho da brasa sempre piscando
Rumo ao setor que reflete
Os edifícios berlinenses
Desmoronando novos
Nihis
Agora evidente
Pela língua zelinista,
Porta vasta do mundo nas curvas
Que a faz a voz,
E a segue os ouvidos
Da minha cabeça
Mista, sólida na água
À cumular na palma
Da mão da flor Vogorosa
No temp(l)o de vera
meia merda
casa dos pronomes
... e vou-me...pela ébria noite
perdido no fascínio da ausência de tempo(Blanchot)
rodeado das liras do meu imaginário,
em busca do ápice das eras desse real,
contemplador do sublime,
como em oliveiras,
brumas e tulipas
com cheiro de ófelia
atirando as vontades do ínfimo eu,
outrora submerso por elas,
que aspiram por um banquete,
e que se faça presente a pantera de dionísio, e o próprio.
para que a primavera entre rindo em qualquer época,
fertilizando os corações
mastur eba
Passando a presença por um tempo na espera,
Saio desta enorme
atmosfera –Morada de contrastes,
Paradoxal, enigmática...
Que torna – me um solo fértil
Para o desabrochar de flores poéticas,
Que embelezam a vida, e também,
Jogam em águas céticas
Muitos banhistas dessa praia – límpida,
De um horizonte esplendoroso,
Banhada por fúlgidos raios de sol,
Porém, poluída da lama podre
Que é o humano,Este animal exótico
Que insiste em tentar Reprimir e até aniquilar,
A poesia, a intensidade, as rosas que restam,
Com sua estúpida civilidade.
Salvador, 18/06/07 - 23:45No aeroporto
quem de reria
Quem diria re – petir clichês no mais
Nos dias adia dubía
Question dos resquícios pensados prensados
Nos livros um dois ou mais um
Filosofo De ocasião Casando casa do pensar Chavão e chave dos problemas
Que a musica numa de suas fatias
Responde, pois faz dos sentidos
Seu porta – voz de saída saudade
Da economia feita estreita da duração
Dita por Pál pelbart in aula de Barthes Roland-o
O poder da língua morta asfixiada que ressurge
Num lar de lama com onda que param aqui
Lês temples donde pulo
Para frente sempre astutando a tutela
Dos títulos capiados no abril
DesfeitoNa mesa do bar
lembra-se
Longe… / sombras desenhadas no horizonte/ cavalos cobertos de ouro e bronze/Vassalos de um rei não se de onde/ cavaleiros estrangeiros/ a bandeira do invasor/Noite.../ e um tropel atravessa a fumaça /tropeçando num céu de fogo e prata / O mundo acabou / de repente, quando o manhã começava / a dor começou / com o chicote, com as esporas, com as espadas / terror das legiões / das ambições e praças / chagas no seio de uma terra abençoada / o céu desabou / de repente, quando a gente levantava / o pó levantou sufocando quem vivia, respirava / passou... / o tempo, mas não apagou a marca / marcou... / nos corações, nas mentes e nas praças / hoje... / na memória viva de uma raça / um pavor latente uma ameaça / e um canto maior que todo medo / espalhando amor por onde passa
( Tunai / Sérgio Natureza )
destitulado, mas falante
quando atravesso as camadasdo vento dos oestes
mais mitológico que orestes
sigo a faixa em cardoso indicada
jorro-me nas memórias restritas
de moscas dadas às mãos
naqueles que remam em vãos
estreitos pisando sonhso parasitas
é só, tudo-quase-isso, um pouco
mas, em número, signo quantitativo
porém, ao lançar-me nesta empreitada, ouço-me
num intenso único eterno recorte temporalo olhar com lasciva igennuidade involuntária,convidando-me a te contemplar...
enrolado
Nietzsche
“'Se teu olho te escandaliza, arranca-o fora'. Felizmente nenhum cristão age de acordo com esse preceito. Destruir as paixões e os desejos, simplesmente como uma medida preventiva contra a estupidez e as conseqüências desagradáveis dessa estupidez – hoje isso se apresenta a nós apenas como outra forma aguda de estupidez. Não admiramos mais os dentistas que arrancam dentes para que não doam mais.”
Nietzsche
mÃOs
toco minhas mãos
em teus seios
que me tocam,
enchem-me a boca
que beija a tuaque percorre meu corpo
também teu,assim como os dois
são um do outro
aumentando o entorpecer
da alma libidinosade cada pêlo eretoe junto,
o sussuro que sentea audição da pelesensível à língua
emaranhadaentre a carne vaginal
molhada rindo
para os dedos entreabertosa espera deste seu mágico
portal para o orgasmo
paradisíaco
Mozart e Notilog
EINSTURZENDE NEUBAUTEN
A casa da mentira
Primeiro andar: Aqui vivem os cegos que acreditam no que vêem E os surdos que acreditam no que ouvem Atado a um banquinho de cozinha está sentado um Louco que acredita em tudo que pode tocar (suas mãos estão no colo) Segundo Andar: Papel por papel Trilha por trilha Revestida de fibra áspera Nos corredores às voltas, estão os locatários observando as paredes atentamente procuram nelas trilha por trilha Em direção à estampa – e erros ortográficos Não poderiam nem seus nomes decifrar. Acima, no próximo andar: O qual? oh que maravilha! Nunca é concluído. Obra em constante construção constante Legolegolegolegolego lego lego Apenas pela escadaria pode ser alcançado aqui estocam os erros que pertencem à firma com os quais eles ladrilham os pisos nos quais ninguém pode pisar. Quarto Andar: Aqui mora o arquiteto Absorto em seu projeto Esse edifício cheio de idéias vai de fundação até firmamento e da fundação até a firma No térreo encontram-se quatro portas que conduzem diretamente às livres ou melhor, à pedra fundamental Aí pode esperar quem queira Ao meio dia chega cimento Deitar na pedra fundamental! Marchas de pensamentos são anuladas Na altura da cabeça bostamente infamemente ou católica roxamente para a melhor orientação. Cobertura: Ela tem uma avaria No telhado está sentado um homem velho Sobre o chão, anjos mortos espalhados E suas faces são semelhantes à dele Entre os joelhos segura um fuzil Ele aponta em sua boca E no crânio E através do crânio E do crânio para fora No cume do telhado Penetra o tiro Deus atirou em si Uma cobertura é construída Deus atirou em si Uma cobertura é expandida Deus atirou em si Uma cobertura é ampliada (barulho, muito barulho de vidros estilhaçados) Subsolo: Isto é um porão Aqui eu vivo Isto aqui é escuro Úmido e agradável Isto aqui é um colo. (silêncio) Blixa Bargeld – vocalista neubauten Qualquer semelhança com a morte de Deus, como descreve Nietzsche, é brincadeira hein !!!
Intimidades
Tu és um céu de outono, alegre e cor de rosa!
e deixa, ao refleitr, em minha bôca anciosade
lodo escuro e amargo a cáustica lembrança
A tua mão me afaga o peito; o que ela quer,
minha amiga, é um lugar que tem sido saqueado
pela garra acerada e dente da mulher :
até meu coração também foi devorado.
Meu coração é templo onde a turba cultuatodos
os crimes vis e vícios degradantes !
- um perfume te envolve a pele branca e nua!...
Flagelo de minha alma, ó mulher, por que esperas ?
com teus olhos de fogo, archotes flamejantes,
calcina o que sobrou do repasto das feras!
Baudelaire
O gRande olho
Legenda:
Estou muito confuso, me encontro aqui, tutelado e soba vigília do olho do grande pai.Ele é maior que eu, portanto, posso chamá-lo de pai.Assim como o estado, este corpoque agrega outros corpos, e que é a nossa velhice espiritual,contra quem opõe-seao nosso pensamento, põe em risco nossas propriedades, a família,a moral, a paz e a bem-aventurança, que só deus e o grande corposão capazes de nos proporcionar. Mas voltando ao início da conversa,onde me sentia confuso-prporcionalmente à tutela do olho dogrande senhor, me vejo à margem dele, sendo que minhas forçasjá não são as mesmas que a ele sempre dediquei; é como se umamão oculta e ameçadora com sua garras demoníacas me puxasse, masnão sei de onde ela vem; E... bom... ! Estou com o olho aberto,submerso de visão, porém, raquítico, fraco, acho que é a hora...Este grande desenho foi feito por Felipe Corsini, o famos John Corsi, e o texto por mim, o Zelino .
Estou muito confuso, me encontro aqui, tutelado e soba vigília do olho do grande pai.Ele é maior que eu, portanto, posso chamá-lo de pai.Assim como o estado, este corpoque agrega outros corpos, e que é a nossa velhice espiritual,contra quem opõe-seao nosso pensamento, põe em risco nossas propriedades, a família,a moral, a paz e a bem-aventurança, que só deus e o grande corposão capazes de nos proporcionar. Mas voltando ao início da conversa,onde me sentia confuso-prporcionalmente à tutela do olho dogrande senhor, me vejo à margem dele, sendo que minhas forçasjá não são as mesmas que a ele sempre dediquei; é como se umamão oculta e ameçadora com sua garras demoníacas me puxasse, masnão sei de onde ela vem; E... bom... ! Estou com o olho aberto,submerso de visão, porém, raquítico, fraco, acho que é a hora...Este grande desenho foi feito por Felipe Corsini, o famos John Corsi, e o texto por mim, o Zelino .
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