domingo, 19 de dezembro de 2010

Poemeto ironico de uma tarde ensolarada



mentira, as flores não choram ?
quem sabe se as gotas de orvalho não o são ?
quem sabe se o céu não parte das flores e chora ao amnhecer?
quem sabe o que sabemos não é nada ?
se nas calçadas as flores não pisam
no chão das casas apenas instrumentos pisam dançando
e se a dança desdance
-alors-
nos cantos encanta quem não canta
de tanta andaça a pança
destituiu-se de mim
e nas gotas de vida sou eu o rio que banha
o sol de meias noites
e nos silencios dos olhos se expressam
os códigos secretos de nós
um som com só o um ré invertido,
somado ao abismo de meio tom,
menos o infinito,
pre
par
ad
o
quê não se diz, se mexe
gesticula a montanha rumo ao mar
onde
a tenebrosa escuridão do fundo
do longe
do ímpar ímpeto
de nada
de riso
ri em si
mesmo
as
sim
os neutros
anos de invenção
experimentam a ciência sem sent
ido pra tan lejo
o ser é vazio
é uma pedra invisível
pós dar toda sua
comida de palavras como ruido
num jazz atonal
mas nem tanto.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

atemporal

o pulsar desse coração,
move um desejo rumo ao sol,
uma doce contemplação da saudade do futuro,
remete os gestos à música que se eleva
sincronizadamente com a vida - o devir,
com a potência encontrada no interior de vulcão,
do nós fogo, este que queima o medo habitante
na proximidade que nos põe frente à frnete
com os espectros, refletidos em cada passo,
cada passo para dentro.
O transbordar desse dia se faz sentido nas núves
trilhas dos olhos meus.
Borboletas de asas pequenas pousam em sonhos
jamais vividos longe dessa linha tênue rumo
a dias de livre riso.
Oh deuses da noite, brincando com luas
acesas, venham e compartilhem uma suposta contradição,
para que pecamos a base dessa língua legislada no nada,
desses códigos que nos aprisionam. A carrtueagem
está aí. Os ritos se fazem constantes, as intensidades
confrontam cotas de duração totalitária. É hora de
esbanjar a atemporalidade que nos habita, sem temer
o extravio.

boa viagem amigo(resposta a um post do FB)


boa viagem amigo;
aqui permanecerei resistindo ao genocídio. Muitos entregaram suas ideias a algo, a um trabalho de merda, a uma universidade e a um estado que o financia, outros entregaram ao lixo, e ou à polítíca oficial que prega e propaga com seus decretos totalitários o genocídio das idéias.
Ainda nos entregamos à erupção do que sentimos e que transborda em nossos sentidos através de manifestações artísticas.
Como diz você, a guerra nunca foi tão presente. A barbárie é a esfinge estampada nos rostos de cada transeunte sobrevivente como rato nessa cidade de cinza.
Mas a vida é maior, a força fragmentada, a coleção de instantes, como poesia, brilhos, gestos, sopros de ritos, o levitar num devaneio, permanecem intactos e movem os desejos de não sucumbir no lixo que nos bombardeia a cada hora.
Há uma fonte de inspiração que não seca, há muitos gestos a serem contemplados em cada gotejar das manhãs !!

sábado, 11 de dezembro de 2010

o mesmo céu

que belo céu, adornado por um silêncio ensurdecedor !
o mesmo céu que, com sua indiferença, me inspira !
e com essa, contra a tagarelice que causa desepero em muito dissimulados !
vamos navegando no ar noturno, rumo ao raro lugar algum !!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

mural de ágora virtual


três céus e a eternidade frente aos olhos,
doce tarde de núvens que nos fazem enxergar a levesa que nos move e que aflora o riso. É possível enxergar qualquer coisa de beleza além dos aranha-céus !!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

os maldizeres dos olhos escuros teus

ó tu...
que os maldizeres
do universo
das palavras evoca!!
Dizei em teu discurso eloquente,
o quão efêmero é o tempo
que te rege e nos une,
Esculmugai a verdade
eminente nos juízos
de teus escuros olhos

aspirada volta aos seios de Augusta, de Roberto


quando ontém
adormeci, nos braços de lembrança
houve um instante
em que o céu e os ventos
eram um só,
dentro dos advérbios
negados e renegados,
afirmados em sonhos
em folhas rasgadas.
Confusões e delírios.
São a búscola
duma paciência descomunal
-esta, dissimulada,
cantava o silêncio,
brindava o reencontro,
futuro breve da aurora,
- evidenciava os verbos
que atenuavam
a aspirada volta
para os seios de Augusta,
de Roberto.
Então, a paciência impora-se
para evitar o desequilíbrio
dos sonhos aqui postos

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

estoque de possíveis primaverís


na última única primavera,
entre os horizontes
vêm a promessa de vivência da segunda,
mas o que assusta é gelo,
embora, os filhos de macunaima, Iracema e jesuitas,
tenham em seu gene um braseiro oculto
que se manifesta e mostra
quão belos são os ventos
do verão na imensidão do oceano
que a nós se apresenta.

São adaptáveis,
são dançarinos desconhecidos de si,
que quando movem as cadeiras
e resolvem mostrar o dorso,
abre o leque da luxúria,
o anti deus aflora,
e nesse ditirambo real,
cuja divindade,
talvez venha ser uma lua desnuda.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

pedaços de tardes

pedaços de tardes
respingam no meu tempo,
e vendo as frestas por entre as núvens
insipro-me a um vôo pela atemporalidade.

Quão fortes são estes instantes
colecionados e lançados
pela memória como slides.
Antes que os tais respingos
e o vôo pela atemporalidade
tornem-se ação,
a confusão se generaliza.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

plans


uns cem passos
de dança para evidenciar o algo
que é o comum:
a busca, a planta que cuidamos.
Mas cronos tudo corroe,
dionísio tenta permanecer cintilante.
A vida retorna a si,
a defendemos, adornamos
e ela nos envia a sonhos palpáveis,
ela nos devolve a fantasia,
e a barbárie se oculta,
ou,
como fizeram com a medusa,
soltamos um esbanjar
que é espelho
e assim vencemos a totalidade
do agora-medusa

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

esboço de um esperar poético rascunhado para adoração de crepúsculos


os fragmentos da água que caem sobre as paredes de minha audição,
me remetem a teu rosto que em minha memória se auto atualiza,
anseio tanto vossos lábios,
me aperta o peito ver a rosto tenebroso de teu silêncio,
o pressentimento, torna-se hóspede indesejável,
e os nervos, se exaltam como se uma soda cáustica movesse suas móleculas.

Na marcha do improvável lancei meu futuro,
nas tuas danças projeto meu braseiro,
ele que mantém a chama desse amor que bravamente resiste a esse cronos, este deus assassino.
Esta guerra parece não ter trégua.
mas as flores riem de todas essa tempestade ácida que assola nossas cabeças e traz a saudade do futuro como o devir.
E a vida sincroniza-se com a sensatez do coração, que geme horas a fios e atemporalmente, em quanto o sono não chega, para trazer mais um crepúsculo que nos aproxime

quarta-feira, 21 de julho de 2010

resposta à Ju Meduri Gu Nassif


o sorriso metomoforsea-se em música
e já não é tão evidente o fado,
pois tudo vira dança,
e a daça é o próprio devir.
O silêncio antes armadilha
e ensurdecedor,
descansa nos ventos
que fazem o terroir banhar as noites
nas parreiras
onde surgem as melhores uvas
presenteando os vinhos
com seu nectar de doce intensidade !!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

calado... peculiar ... latente


de dia a frio
desfio a manhã
em sonhos
tarde cai razão,
que cega o coração,
gelado, desfeito...
saudade ardente
desbrava este peito
peculiar, latente
de lado a lado calado
segue em frente.
no fronte desmente
o império do desgosto imanente.
enfim ao fim,
sem fim da um passo a frente.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Atravessaria oceano para ver outra vez teu sorriso




desdobram - se as horas
e a tarde abraça seu crepúsculo.
pensam os olhos,
se são o passar de uma ilusão que nos corroi,
ou um compartilhar de sentido
sem sentido?
Mas é necessário para manter-se se vivo
na roda da convenção?
doces são as ondas sonoras
de mon coeuer
as pausas em suas pálpebras
os passos despretenciosos
a malíca dos seios
que discretamente encantam
a mim que sei
a trilha para neles chegar
sem espalhafatar.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

crepuscular ilusão(ao meu camarada Pedro Botelho - o Portuga)


quando, sorrateiramente o sol, afasta-se, dos olhos meus,
com tal ato a nuncia um belo crepúsculo,
é quando a alma transita por todos os seus anéis de possibilidade,
pois a linearidade, ofusca sua existência.
um turbilhão de possíveis aparecem em suas projessões,
porém, apenas o gotejar da aurora que é a pós ponte
dos dias, seguidor do devir,
anunciador do fragmentos que causa o descanso das horas desvencilhadas.
És a ti ó audacioso recorte,
é à tua promessa de extensão pela eternidade
que guardo o meu remédio contra o contínuo e escarnioso tédio.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Nous


no seio da aurora, batem as ébrias lembranças,
no entanto, adoçadas pelo gosto do estar ligado;
para o vazio vão as memórias, e nelas habitam os recortes
sinônimo do bom viver, da construção potencial
abarçando a brisa das gotejantes danças
ao passo de cada música,
dentro de ditirambos que são o ODE
à lua, à vida, aos bons pressupostos;
aparentes juízos não são sinônimos
de ausênsia de adjetivos expressivos
mas quem fala aqui é o flauta do espírito,
é a estrela que cintila dentro dessa matéria
meio razão muita indiscrição
lógica.
hoje brinda o outro,o ontem, o atemporal,
vamos, dancemos uma valsa da harpa dos orixás...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Inspirações cotidianas

uma brisa alegre e sorrateira
acaricia-me
sob este céu
de nuvens bêbadas
parece que elas dançam
parecem brindar algo.
convidam-me à dança,
é irresistível
o movimento corporal delas.
Oh ebriez divina
tu que esbanjas
em sussurros tuas empreitadas,
a quem obedeces,
ao cisne,
à águia, ou a Nêmesis ?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

vida


digo te quero,
ó intensidade gotejante!!
eu flerto com tuas línguas,
eu danço com teus braços,
respiro teu gozo. Assusta-me,
arranca-me risos,
reações monstruosas,
me deixas ofuscar teus olhos
com meu entusiasmo.
Tua cólera me ensina
a converter o reativo em potência...
fascina-me em ti,
as muitas curvas,
tua delicadeza, …
brutalidade,
sensualidade
que se multiplica, busca novas
nascentes e fontes murmurantes

sábado, 30 de janeiro de 2010

ventos do sul

nesse sul onde sopra o vento com sabor de uva
onde o vinho manifesta-se nas bocas
neste lado, nos arredores da serra,
onde o verde, brilha,
onde as águas brindam o castellano,
nesse horizonte azul,
rumo a Montevidéo,
os xamãs rumam a Chaco,
e os aspirantes...
rumam a selva, às pedras,
chorando a geografia unificada,
os corações asfixiam
a vontade de voar,
a impossibilidade de não
deixar a fantasia nos levar
por ventos ao sul.
O céu, a garnde casa,
o testemunho do ritual silencioso,
levou-me a um porto desconhecido
que abriu algusn braços,
mas não abraçou,
não se deixou não se entregou,
indicou transeuntes às circunferência
dessa alegre atmosfera
que ruma às videira banhadas pela
lua de quarenta graus.

Nessas memórias sapitos
pulam sete(07) vezes,
os batidos evocam os deuses,
unificam as epopéias dos errantes,
dos brincantes,
legitimam a busca pela impossível
paz generalizada.
Martinas, Victorias,
desejos vindantes,
olhares póstumos ao devir,
às estrofes cicundam latinos libido.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

o céu abria a boca por um longínquo instante



o céu abria a boca
por um longínquo instante,
e não era paródia duma falsa intensidade.

Sincronizado com os tambores
e regido pelos deuses da dança,
o corpo encenava
um dilaceramento no deleitar da força.
O abismo já era oculto aos olhos,
as aves de rapina dançavam a minha dança,
os raio vinham até mim...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

se levanta a controvérsia

se levanta a controvérsia
em êxodo matinal,
superando a incoerência lírica da bactéria
ouvinte de Vivaldi,
e pula uma estação
até chegar em lugar
viável para o embarque
no irreal vento
que afronta o virtual
relacionamento com o sol
exilado no sangue do recorte
a representar uma linha atenuante
do conceito de dia
mostrado num violino
e transbordando numa noite
suja de esperma intelectual
pós horas de blasfêmias
ancoradas em obrigações
de provar desprova
o saber que tem
na barba - foi bonita
há há ...

no movimento da língua

a mentira colocava sua casa nas costas
e saia a andar
pelas beiras do mundo,
nadava nas sombras das dúvidas
que cirvulavam de mão dadas com o vento,
pa[i]rava nos olhares
no movimento da língua
durante o intervalo do silêncio,
pensamento no que dizer.
dEssa forma a narrativa
ganhava corpo dentro da realidade
do devaneio presente

pelas beiras do mundo

a mentira colocava sua casa nas costas
e saia a andar
pelas beiras do mundo,
nadava nas sombras das dúvidas
que cirvulavam de mão dadas com o vento,
pa[i]rava nos olhares
no movimento da língua
durante o intervalo do silêncio,
pensamento no que dizer.
dEssa forma a narrativa
ganhava corpo dentro da realidade
do devaneio presente

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

um doce Jazz

primavera de gotas leves e calmaria/ doces canções aos ouvidos novos velhos conhecedores/ os olhos encehem-se de entusiasmo ao ver aquele corpo seguir sua trilha/ ele sauda o nectar do vinho extraido da vida da dança/ e a fertilidade se apropria dos bons solos onde pisou Dionísio, onde brindou o elan vital, a natureza, o gozo, o ápice...