sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

[H]ÍBRIDA

lapa bril
fecho flexa freixo
mais maio
mais Miles
mais mal al ado
eros+massacre
ci ne má
ma ci ne eira
beira rio
sem eira
rindo indo
in dó
ré mo
in du
du vida
ida [H]
ÍBRI
DA

domingo, 15 de dezembro de 2013

quando um instante a mim sorriu

sem medo escrevo,
e descrevo o antes,
quando um instante
a mim sorriu.
Musicado, o sorriso
do instante,
fundiu-se à celebração
que abaraçou a lua,
e seus respingos banharam
o coletivo sorridente.


sábado, 14 de dezembro de 2013

Un petit hôtel dans le coeur

Vai-se o tempo,  volta em lembrança
o verso, salta à ânsia,
traz de volta consigo
um espelho nas danças do andarilho
e o amor,  revolta envolto
num barco solto
moviado a sonho
e dinovo, ignora o tempo,
 que  que se foi aesmo, adentro
se repete em estrofes
se dispersa e se reencontra
em olhos errantes
ainda que num samba,  navegante.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ó... prisioneiros de conceitos sombrios

Ó tu, ao quebrar um gesto com tua brusca apatia,
ó vós que ides, tão somente à margem de teu sonho,
ó... prisioneiros de conceitos sombrios,
sobre suas cabeças pairam
os sopros da morte,
posso vê-los, aproximam- se
com com sorrisos enganosos,
com solenes passos.
Espíritos adornados com crenças sólidas no vazio-eu-seus,
gélidos hábitos
hálitos de sorrisos aniquilados.
Indomáveis dilaceram
o que resta de sensato
desse ensejo que soçoba
ao deparar-se com
sua imagem refletida
num devaneio.
Ouçam a lira do atemporal,
do rio curvo a atarvessar
o tempo fundir presente e pretérito,
e... daí, façamos da música
doce dos ventos
do sul um norte possível nessa
primeira hora crepuscular

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

urubus sobrevoam as margens da lua

urubus sobrevoam as margens da lua,
dissimulados de filhos de orixás,
carregam consigo tubantes falsos,
espiritualidade artificial,
superficial sorriso,
escondem a reativa ganância,
a baixeza e a vontade 
de coveiro.
Empreitam tapar 
o sol com suas grandes asas quebradas
de morcegos-urbanóides.
O engano pode ser efêmero !