sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Políticos sujos e malvados. Apesar de vocês, continuamos a (sub)existir


apesar de hoje

Apesar de hoje,
Amanhã, na trilha terrorista
Do ódio em meu olho nú,
e cúmplice duma psique
ocupada de fumaça e erosão
Das camadas emotivas,
Do eu despedaçado, retraído
Pela compulsão niilista.
Busco a tirana paz, pelo conflito,
mesmo tornando-me refém do belicismo
dum coração corroído pelo tempo crono,
pela visão e contrastes da megalópole
sectária que,
não nos deixa ser do presente, amigo.
E os ressentimentos,
aflorados nos campos Elíseos da dor,
plagiando uma cachoeira-
caem do alto das pedras
de coberturas dos arranha-céus
nos santos salvadores
da maldição de existir
futilmente em meio ao vento,
fugaz como o que vejo,
e não é que é,
apenas ilusão óptica, um valor que,
apriori tapa a lacuna da busca
do veio a ser nesse momento,
via representação.
Freqüentarei os pretéritos
de um acontecer nessa estação
inquilina da memória,
para quem sabe,
fechar este poema
e mostrar que ele pode parar,
apesar de seu vasto itinerário
percorrido, e me descer destas palavras,
ainda insuficientes para descrever
o universo e os labirintos dum pensamento,
mas dentro dessa perspectiva,
concluir que mundo não cabe aqui.