segunda-feira, 27 de junho de 2011

pútrefa poética


poética persistente
reflexo da resistência,
perfura os muros da totalidade,
envenena-nos contra a escravidão da língua,
fomenta o amor, conclama imoralidade,
transborda a ampuleta
navegando numa corrente de esponetaneidade
desfaz sem compaixão os nós dos estatutos,
e os reduz a nada,
vais entre dedos passando,
torna-se água, carrega o deserto
em suma semântica,
destemendo o ofício, antes dito,
ao rasgar os pergaminhos
guardados nos baus da memória

desnuda, se entrega à luxúria
esbanjas teus labirintos
ainda que iconoclasta,
clarea o cavernoso coração,
grande inimigo de coveiros
covardes com togas,
títulos cadavéricos, assassinos
do corpo, com sua aversão ao lirismo,
impõem sua dinastaia aos corações,
mas a poesia resiste, ela resiste
insiste em rir, em dançar
além de seus olhos tapados
pela falsa sapiência

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Einstürzende Neubauten - Sabrina


It's not the red of the dying sun
The morning sheet's surprising stain
It's not the red of which we bleed
The red of cabernet sauvignon
A world of ruby all in vain

It's not that red

It's not as golden as Zeus' famous shower
It doesn't, not at all, come from above
It's in the open but it doesn't get stolen
It's not that gold
It's not as golden as memory
Or the age of the same name

It's not that gold

I wish this would be your colour...
Your colour, I wish

It is as black as Malevitch's square
The cold furnace in which we stare
A high pitch on a future scale
It is a starless winternights' tale
It suits you well

It is that black

I wish this would be your colour...
Your colour, I wish

terça-feira, 21 de junho de 2011

Frases


são imcopreensíveis os desejos que nos tomam de assalto, demostramos, e depois a abominção por espressar às rocahs, estes, também os recortes de alefria e entusiasmo, como nas crianças, por uma descoberta. Mas, é inútil compartilhar com espírots insensatos, e que não compreendem os cunhos vernáculos de cada vocábulo, como dizia Bandeira

soçobraram os falsos céus


a ponte partiu-se ao meio,
agora não mais o velho acesco.
POis tambem seu fim era os céus,
e estes falsos céus soçobraram,
o além dos nuvens
o qual acreditávamos lá viver,
tornou-se idéia esquecida,
seus revernciadores
agora são vermes vageando em solstícios,
são nada entre estrelas. O
que há para contemplar
são as gotas de orvalho
oriundas do choro de aurora

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Deusa Europa


Oh bela bela princesa,
filha de Aginor, tens a beleza,
cujas dimensões só poetas e amantes conhecem,
porém, imensurável aos olhos,
tantos tentaram te raptar,
jamais tiveram êxito nas empreitadas,
até mesmo o rei dos deuses
precisou transformar-se em touro branco
e atirar-se ao mar,
em plena aventura,
para unir-se à seus encantos.
Bela deusa, abriga em teu seio,
o devir, a ponte cujo destino
é uma suposta alegria contida,
tens meus olhos,
tens o amanhã nos meus passos,
mesmo que passageiro,
se faz necessário ser transeunte
em teu dorso

tão longe, tão perto


a saudade transborda,
e nela sucumbo mil vezes,
ha uma lança
que cruza os espaços e tempos,
há uma breve angústia,
por essa tal lança não ser paupável,
pelo mundo não caber entre os braços,
pela imposasibilidade de voar.
Oh belo oceano, escondei tuas dimensões,
sede pequenino,
tornai tua travessia
conjulgação do efemero

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dança para íris(para minha amiga íris)

leves vozes flertam
em formas, brisas bailam
e (n) cantam os olhos
ouvintes de asas doces
que escorrem
nos acordes de seus gestos
enrubrecidos e atenuantes
rumo ao arco, Íris.