segunda-feira, 20 de junho de 2011

Deusa Europa


Oh bela bela princesa,
filha de Aginor, tens a beleza,
cujas dimensões só poetas e amantes conhecem,
porém, imensurável aos olhos,
tantos tentaram te raptar,
jamais tiveram êxito nas empreitadas,
até mesmo o rei dos deuses
precisou transformar-se em touro branco
e atirar-se ao mar,
em plena aventura,
para unir-se à seus encantos.
Bela deusa, abriga em teu seio,
o devir, a ponte cujo destino
é uma suposta alegria contida,
tens meus olhos,
tens o amanhã nos meus passos,
mesmo que passageiro,
se faz necessário ser transeunte
em teu dorso

tão longe, tão perto


a saudade transborda,
e nela sucumbo mil vezes,
ha uma lança
que cruza os espaços e tempos,
há uma breve angústia,
por essa tal lança não ser paupável,
pelo mundo não caber entre os braços,
pela imposasibilidade de voar.
Oh belo oceano, escondei tuas dimensões,
sede pequenino,
tornai tua travessia
conjulgação do efemero