terça-feira, 31 de dezembro de 2019

O verbo sai do tempo gasto

Um verbo sai de tempo
Gasto
Voa de cama em cama
À fiasco
À sorte clama
À morte Aclama
Esperando o corpo atravessar a história

O que era alento
É agora sem abrigo
O peito extrapola o eixo
À Fora

É pretérito amar
Viver é urgente
Amar arduamente
Aldente
Si busco ofuusco
Infindo afino o fim do tempo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

O som ouvido no abismo

Rasga a fonte
O samba Sã
não precisa de musismo
O som
Ouvido no abismo.

Fantasmas alegóricos
Distorcem o amor
Sentido pulsante

A noite abriga dores
O frio habita
Os corpos
Pouco à pouco
O oco impera o apogeu

É preciso partir
O contexto é incoerente
Rir é ridículo aos olhos congelados
Dos médicos da própria loucura
A rua cura
Cura dor
 inspira dor
Não centro adentro
Ardor
Arte podre avisa:
Não é a hora, va- t'en!