sábado, 3 de março de 2012

Jardim das Borboletas


Saúdo as borboletas com suas leves asas, e a doçura de seus gestos,
saúdo o azul do oceano que se hospeda em teus lindos e enigmáticos olhos,
disse uma vez que sou teu labirinto,
porém, desdigo. desfaço em mim o voluntários mendigo.
Me faço ponte, folha para apreciar teu pouso,
me lanço em teus píncaros acima da barriga,
estes dois montes pontudos aloirados,
cuja travessia se faz a mim labirinto,
o desvencilhar do tempo, a morte temporária de cronos.
Óóó desejosa imagem adorada pelas gotas de orvalho,
vem, traz a primavera em teus seios juvenis,
cuja luz esbanja a beleza de sua forma,
vens colorindo esse vale, traz o vento e o sol,
pra esse trópico, traz o terroir,
a fertilização do solo, e milhares de flores com aroma chardonay

le Chant du Vent


óóóóóóó vento vindouro do outono,
leve consigo as recordações inconvenientes que me tomam de assalto;
leve para o inverno minhas saudações,
e com elas minhas roupas do verão dos últimos anos,
esta sede insaciável, cujas águas cristalinas
banham esse jardim, mas não bate sol suficiente.
Vento nosso, vento do velho oceano...
tens o poder de beijar nossas faces sem que vejamos a tua;