terça-feira, 13 de março de 2012

Manuel Bandeira - O Poeta do Castelo (1959)



Gênero: Documentário
Diretor: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Manuel Bandeira
Ano: 1959
Versos de Manuel Bandeira, lidos pelo poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais de sua rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio; a modéstia do seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas de seu bairro.

Ficha Técnica

Produção Saga Filmes Ltda., Sérgio Montagna Fotografia Afrodísio de Castro Roteiro Joaquim Pedro de Andrade Câmera Jorge G Veras Assistente de Direção Domingos de Oliveira Patrocínio Instituto Nacional do Livro do Ministério da Educação e Cultura Montagem Carla Civelli, Giuseppe Baldacconi Letreiros Bianco

sexta-feira, 9 de março de 2012

descompasso


alors... !!
com estes ares de primavera,
cujo tempo,
extravia-se na beleza de uma possível contemplação,
lancemos nossas lascivas expectativas,
e tenhamos a delicadeza pra ouvir
o ruído oriundo da danças do vento
permeador de corações descompassados

sábado, 3 de março de 2012

Jardim das Borboletas


Saúdo as borboletas com suas leves asas, e a doçura de seus gestos,
saúdo o azul do oceano que se hospeda em teus lindos e enigmáticos olhos,
disse uma vez que sou teu labirinto,
porém, desdigo. desfaço em mim o voluntários mendigo.
Me faço ponte, folha para apreciar teu pouso,
me lanço em teus píncaros acima da barriga,
estes dois montes pontudos aloirados,
cuja travessia se faz a mim labirinto,
o desvencilhar do tempo, a morte temporária de cronos.
Óóó desejosa imagem adorada pelas gotas de orvalho,
vem, traz a primavera em teus seios juvenis,
cuja luz esbanja a beleza de sua forma,
vens colorindo esse vale, traz o vento e o sol,
pra esse trópico, traz o terroir,
a fertilização do solo, e milhares de flores com aroma chardonay

le Chant du Vent


óóóóóóó vento vindouro do outono,
leve consigo as recordações inconvenientes que me tomam de assalto;
leve para o inverno minhas saudações,
e com elas minhas roupas do verão dos últimos anos,
esta sede insaciável, cujas águas cristalinas
banham esse jardim, mas não bate sol suficiente.
Vento nosso, vento do velho oceano...
tens o poder de beijar nossas faces sem que vejamos a tua;