sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

vin te

vinte dias, vinte dias, vinte dias
dia dito disso digo desdigo
ditirambo dito ditado
durante duração doravante
porém parar pra esperar
suspender o tempo com um gindaste
ainda dormiria 20 dias
antes que chegaste,
faria 20 festas em cada meia noite
dançaria vinte danças em tua homengem
viveria vinte anos em 20 noites
e mais vinte séculos depois
dos vinte dias
dirias que os vinte
passarão em vinte sóis
vinte brilhos
vinte

domingo, 2 de dezembro de 2012

o dia encena um breve sorriso

despertas ainda, ardente luar ?
quantas primaveras mais, ainda brindaremos ?
de súbito, o dia encena um breve sorriso,
ainda que comedido,
mas aponta para uma fugaz eternidade,
que talvez dure um sonho,
que talvez ria de sua condição

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

luuuuuuuuuuuuuuuua
uiva ruiva rua
nua encendeia, atua
moi, noir, dans la nuit, uivo,
ela flutua,
o sol, recua

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

o mundo pega fogo

o mundo pega fogo, fascistas em ascesão, uns enloquecendo, outros rumo  conservadores, a juventude imbecilizada, os velhos com o nariz a ponto da overdose, os fetos deformados, um tsunami ameça, um õnibus em alta velocidade, ameça se jogar no
abismo, e nas cabeças as batalhas entre o medo, a imposição dos acontecimentos, e não referência. Um torbilhão de recortes chicoteia as paredes da memória, enquanto o vento se neutraliza, e da espaço ao aquecimento, e seguem às núves mais belas, dançando, a ponto das gotas do seu suor descerem quase como um dilúvio fugaz. Apesar de tudo isso, uma música surge no nada cinzanto e salta do instável formando zonas de equilíbrio e levando os transeuntes que testemunham sua perfórmance a um espaço desabitado, desconhecido e cheio de possíveis...

aquele azul

aquele azul,
 rodeado de brancas núvens
 e clareado por uma luz, 
cujo magnetismo, faz-nos andar horas,
 e durante este ato comum 
a um transeunte lunático. 
Um silêncio abissal 
agita-nos tornando-nos ébrios de emoções 
que não podemos descrever.

sábado, 20 de outubro de 2012

linhas divisórias

linhas divisórias latentes,
chuva e tensão presentes,
dia começa semi aussente de si,
suspenso,
mas imenso
durador e intenso
contraditório
do passado
recorrnete

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

apagando as irrelevâncias

Vale do Capão (Chapada Diamantina - BA)


apagando as irrelevâncias seguimos extasiados pela interação com os luares.
com os horizontes expressaríamos por gesto, antíteses aos discurosos vazios,
aos olhares de solsaio,

São nas intermitências onde hospedamos o medo,
e é quando a a possibilidade de adesão à dança se faz real e intensa.

sábado, 30 de junho de 2012

O Lamento das palavras



Este Sábados empoeirados,
cobrem o belo dos contornos poéticos,
As lágrimas do poeta, inconscientes,
anunciam o temor,
de que as palavras passem alheias
ao seu coração,
que sua paixão passe tão fugaz quanto um dia de chuva de verão,

Sorrateiro, se lança numa empreitada
silenciosa, discreta,
e busca retomar um desequilíbrio
que move o horizonte
e o adequa à sua perspectiva.

Mas o sucesso dessa
depende dos caminhos vindouros,
da sensibilidade para enxergar
as pontes existente entre
um medo e o riso.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

a hipótese das palavras roubadas

Cena do Filme A Hipótese das palavras roubadas de Roul Ruiz


um ausente invasor
de mim, as palavras afastou,
as escondeu.
por sorte avistei um quadro branco
nele inúmeras palavras
sorrateiramente roubei-lhe as palavras
roubei as e pus em minha página branca
habitada pelo vazio, pela ausência.

Talvez o mesmoquadro
narrado nas imagens de Raoul,
em odes a contemplação afirma o possível, ausente
atento às gotas aos gestos das passagens
despercebidas dos instantes,
nos estocados instantes
cuja dança se perdia na sinfonia

e nos passos do silêncio

segunda-feira, 2 de abril de 2012

notas de um poema sobre borboletas


segue a tarde, o dia,
sigo um suposto arcoo íris
que paira longínquo,
destemido, apático.
sem sensura a brisa,
esbofeteia meu rosto,
ainda juvenil e beija,
sutilmente, inocentemente
a aurora que me cruza,
que te olha, e te afaga
em seu peito eterno.
terno, o dia deita-se
no colo da lua,
e ela enche se
gradativamente,
em odes, pisca,
insinua-se bela
ou belo,
enfim...,
enquanto,
o encanto,
enigamático
permenece

terça-feira, 13 de março de 2012

Manuel Bandeira - O Poeta do Castelo (1959)



Gênero: Documentário
Diretor: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Manuel Bandeira
Ano: 1959
Versos de Manuel Bandeira, lidos pelo poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais de sua rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio; a modéstia do seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas de seu bairro.

Ficha Técnica

Produção Saga Filmes Ltda., Sérgio Montagna Fotografia Afrodísio de Castro Roteiro Joaquim Pedro de Andrade Câmera Jorge G Veras Assistente de Direção Domingos de Oliveira Patrocínio Instituto Nacional do Livro do Ministério da Educação e Cultura Montagem Carla Civelli, Giuseppe Baldacconi Letreiros Bianco

sexta-feira, 9 de março de 2012

descompasso


alors... !!
com estes ares de primavera,
cujo tempo,
extravia-se na beleza de uma possível contemplação,
lancemos nossas lascivas expectativas,
e tenhamos a delicadeza pra ouvir
o ruído oriundo da danças do vento
permeador de corações descompassados

sábado, 3 de março de 2012

Jardim das Borboletas


Saúdo as borboletas com suas leves asas, e a doçura de seus gestos,
saúdo o azul do oceano que se hospeda em teus lindos e enigmáticos olhos,
disse uma vez que sou teu labirinto,
porém, desdigo. desfaço em mim o voluntários mendigo.
Me faço ponte, folha para apreciar teu pouso,
me lanço em teus píncaros acima da barriga,
estes dois montes pontudos aloirados,
cuja travessia se faz a mim labirinto,
o desvencilhar do tempo, a morte temporária de cronos.
Óóó desejosa imagem adorada pelas gotas de orvalho,
vem, traz a primavera em teus seios juvenis,
cuja luz esbanja a beleza de sua forma,
vens colorindo esse vale, traz o vento e o sol,
pra esse trópico, traz o terroir,
a fertilização do solo, e milhares de flores com aroma chardonay

le Chant du Vent


óóóóóóó vento vindouro do outono,
leve consigo as recordações inconvenientes que me tomam de assalto;
leve para o inverno minhas saudações,
e com elas minhas roupas do verão dos últimos anos,
esta sede insaciável, cujas águas cristalinas
banham esse jardim, mas não bate sol suficiente.
Vento nosso, vento do velho oceano...
tens o poder de beijar nossas faces sem que vejamos a tua;

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

em pontes de palavras pousam borboletas


na noite, em breu
no branco a lembrança en quadro,
com o silêncio, calado,
todo o tempo desapareceu

n'outra noite por mares inóspitos naveguei,
na trilha desses azuis olhos me fiz errante,
nadei em vinhos, e vi Dionysus em sua dança ofegante,
recortar os instantes onde me extraviei,

No vasto azul pintei meu dia,
desvenciliando-me de um fado,
legitimando a alegria.

nesse quadro, é fato, o entardecer
evidente anomalia,
e o mais relevante nesse conto é o doce entorpecer

domingo, 22 de janeiro de 2012

Cartas aos Eus sem Glória




a paz não me é benéfica, se, a ausência de Ariadne,
me é, conflitante, tranporte para labirintos inabitados
e ainda lança no caminho por onde tranasito certos abismos.
E...já, sorrir, é uma guerrilha, manter-me com as forças juntas,
harmonizar minhas personas, é  um indescritível exercício de guerra,
cujos resultados não são sempre os objetivados.
Cada eu-persona tem sua autonomia, e sem sentido a paz,
não cabe nesse jardim onde edifiquei as moradas dos Eus sem Glória

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

sob distintos sóis


dois anos seis meses,
um mês dois dias
uma hora
 1o segundos...
todas estas medidas são irrelevantes
todo este esopaço fraco
ele não aniquila realidades
e o fogo desse tempo
sempre rebelede
se renova com sorrisos
com gesto e novas linguagens redescobertas
e exposição de novas danças
sob distintos sóis