segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

o que supostamente queimaria?

o que supostamente queimaria?
-a conseqüência sem coragem,
seriam os cupins, supostos ateus,
ou as vacas céticas, que talvez
aspiram o império do nada?

a continuidade desse pesar,
arrastar-se-ia por mil ventos
transitando em anseios retrógados
que subemetem-se às carapulsas
prisões de espíritos

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

a pon to ...


os poros abrem para o riso
passar pra dentro da alma
em forma de música, em forma
disforme conforme a fome
da que notas expõem
ao corpo posto
na linha da ausência
de durar que vence o tédio
pela intnesidade
analogia da intensidade
multi-bifurcada
flúida, flutuante
antes da vinda
da mudança sempre
possível, [des]espereda

domingo, 15 de novembro de 2009

insetos contemporâneos

o palco dos megalomaníacos está montado, tem um mega ventilador para espalhar as idéias das cigarras que vestem a capa de filósofo para dissimular sua feiura intelectual. O leilão começou. Público, jogue suas trivialidades, aqui elas são bem difundidas, o sopro do ventilador Propaga bem suas aberrações filosóficas de bobos da corte dos gafanhotos mumiados. Aparenta ser tudo, válido na batalha da sabedoria aleatória !!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Desabafo noturno


Perdidas as palvras transcorrem madrugada a fora, vão de encontro

com o antes da aurora, se apressam ao céu límpido para disfarçar o medo de nos conectar com este estado que oculto fica frente ao espectro chamado passado.

Medonha essa nuvem carregada de cinza, melancolia antecipada!!! Economia da duração, desvencilhada do riso, da natureza, da celebração. Já é madrugada, acordados estão os zumbis que consolam o estar, aquem do devir. É a hegemonia do passado com seus nostálgicos recortes permanentes de felicidade audível, a cada vez que se manifesta a pós-modernidade. Porém, é um tanto supérfluo. A marcha segue em frente, mas os guerreiros se banham com o bronze da lua que retorna frutífera e altiva, astuta, se deita com todos os errantes, que chegam sem hora a subordinar-se, e vão de mãos dadas com o vício da aurora e de um céu tão azul que ofusca os olhos do dia nublado - ansioso por nossa melancolia. Mas venceremos essa batalha, contra este perigoso espectro que mantém erguido o medo de viver e criar o agora oculto nas profecias do anões gurus e anciãos, que para nós, os jovens esbanjadores de raios risonhos, chafarizes das fontes de vinhos, da ebridez dos que celebram a ponte, a antíteses dessas finalidades insinuantes aos nosso espíritos tão leves, flutuantes fora desses abismos que os fracos, os que fogem dos sentidos que nos constituem, embora a luminosidade, a vontade de conceituar, de mumizar o desabrochar das manhãs, o deslumbramento desse pôr de sol com a responsabilidade por uma sensação que nem mesmo os póstumos se entregariam ao disparate de balbuciar uma reflexão acerca disso.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

,,,...e dinovo o retorno dos fracos nos tira do foco - nós... sem medo, apáticos Às instituições, grandes coisas criadas para responder por pequenos


,,,...e dinovo o retorno dos fracos
nos tira do foco.
Nós..., os sem medo,
apáticos Às instituições,
as grandes coisas criadas
para responder por
pequenos diabos,
fracos compassivos-
pobres escravos voluntários
de alma limitada.
Sua língua surda
que censura os grandes
de espírito, almas correntes
de rios curvos e fluentes.
É pra estes que,
supostamente sorri a natureza,
a nós combatentes da anti vida,
da falta de entusiasmo,
do riso gratuíto.
Seremos a ponte
pós nós.
Queremos ser além
disso que julga com
este entendimento pútrfo.
Nós,... quem ?

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Que passe em paz essa tarde de frio / Passing seul cet après-midi de froid


Que passe em paz essa tarde de frio,

com ela não quero atriro.
Que se vá logo, e que venha o saudoso sol
esbanjador de alegria
traga o esbanjar para esses espíritos
sólidos


Passing seul cet après-midi de froid

Passing seul cet après-midi du froid, elle ne voulait pas atriro.
Si vous allez bientôt, et la venue du soleil de fin
gaspillage joie
apporte à gaspiller ces esprits
solide

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mar... que me inspira


me faço trasenunte dum sonho
lento e adornado por flores
habitantes dum jardim
situado no seio de Mar
cujo brilho tem consigo
um imã e reflete
o signo do belo
em seu cerne.
Instigas a segunda primavera
a fertilizar os solos tropicais
e permear os corações dos amantes da lua.
Ó Mar... de águas límpidas e cantantes,
esbanjas em tua dança
o indício do nectar de sabor icomensurável
do vir a ser - este que não tem conceito,
e tampouco pretenções inatingíveis.
Queres as constelções, posso dar-lhe,
pois sou poeta, amante.
Por mim passam as possibilidades
mais delirantes
- posso derrubar as barreiras,
adornar a existência,
como poderia não oferecer a ti,
as mais belas galãxias, desconhecidas,
apenas imaginadas e assim valoradas.
Assim construo essa fábula, que ainda
é tão infíma perto de tua grandeza.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quero abrir um parêntese na palavra vazia


quero abrir um parêntese na palavra vazia, e pôr dentro, uma atemporalidade, uma infinitiude, mesmo que ela dure pouco, que seja extremamente efêmera e que não a percebamos. O sentido, não está aí, porem, posso vê-lo- numa nota de piano, num sopro de vida Davis, que ressoe tão belo quanto o grito da lua no meio da primavera

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Alegria inventada




ó ansiedade, está tão próxima,
porém, te nego e te lanço na boca da noite,
cujo hálito de hortelã
só é superado pela aurora;

ó alegria foges de mim
assim como Dulcinéia de quixote,
escorregas brutalmente de meus dedos
mas sou poeta e te (re)invento
sob a mácara de Dionísio.
Celebro a vida para te atrair,
e véns, cheia de intensidade
traz consigo a potência,
enche-me de atemporalidade
decreta minha vitória
nessa batalha frente ao tédio
e a anti-natureza.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

a velocidade do desvio do título pensado e esquecido


Escreveler com penas ativas na volocidade dos dedos pensantes
Pra fugir do tédio prédio prego hoje ouço oastra ouro nos
Vos vá rias de acordo com d essa de ontém que não mata a vontade de ir embora
Aos braços da bela saudade
Fotografada por memória minha
Construtora e atua al que dá pra
Sul pôr o sol no copo e beber
Vinho
Com lua loira ou ruiva
Negra e noite nostra de olhos nus
Prontos destraídos minutes de tal
Vez de ser imônia
Níaca de mo a cracia
Desd em Otelo nive
Revela relvas urbanas que não acompanham
Veloz pensar e parar esquecer ler três
Voice a nova vive
Longe outra vez desdenhado eno horizonte
Belo de dia escuro seco
Desenho de clima pesado e
Estado psíquico que
Ob desce a razão antes
De ser gerúndio fértil
De vermelhos pesares
A quem crer ser

domingo, 12 de julho de 2009



01/08/07

Atenua (tornar bem mais próximo): era uma busca no dicionário, e quando escrevi o texto elas estavam aí, então resolvi deixá-las


No meu canto manso só penso na dor
Se danço, dança
A saudade do que busco na andança
Assim, asfixio o torpor

Desdenho o outono desenho o inverno, de horror
Estações se perdem no durar criança
A selvageria reprime o que faz da canção, mansa
Envenena, torna fútil, o signo flor,

Configurado na neve
De julho encontrando agosto indisposto
Nadando a largo braço a pele ferve

Nas cordas da vida um vocal afoito
Em pleno ar um aliado se atreve:
Este, o vento, transporte melancólico, deste mesoito.

domingo, 5 de julho de 2009

A musa da ilha de gelo, calorosa

Na aurora ouço a primavera,
no tempo vitual, longo, no real, nao sei,
mas no encontro , uma gostosa e curta eternidade.

És deusa das montanhas geladas,
também és braseiro para meu coração que degela,
tens poderes nos gestos,
beleza no timbre.

Soa, tua voz, tão doce quanto um sonho em lagos
de ares leves e com uma canção de harpa.
oóó ... filha da água, irmã do vento,
penetras meu espírito com teus olhos,
têm eles a força da lua,
dispertam em mim um fascínio,
um enternecimento...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Casa Da mentira - de neubauten


A casa da mentira

Primeiro andar:
Aqui vivem os cegos
que acreditam no que vêem
E os surdos
que acreditam no que ouvem
Atado a um banquinho de cozinha
está sentado um Louco
que acredita em tudo que pode tocar
(suas mãos estão no colo)

Segundo Andar:
Papel por papel
Trilha por trilha
Revestida de fibra áspera
Nos corredores às voltas, estão os locatários
observando as paredes atentamente
procuram nelas trilha por trilha
Em direção à estampa – e erros ortográficos
Não poderiam nem seus nomes decifrar.

Acima, no próximo andar:
O qual? oh que maravilha! Nunca é concluído.
Obra em constante construção constante
Legolegolegolegolego lego lego
Apenas pela escadaria pode ser alcançado
aqui estocam os erros que pertencem à firma
com os quais eles ladrilham os pisos
nos quais ninguém pode pisar.

Quarto Andar:
Aqui mora o arquiteto
Absorto em seu projeto
Esse edifício cheio de idéias
vai de fundação até firmamento
e da fundação até a firma

No térreo
encontram-se quatro portas
que conduzem diretamente às livres
ou melhor, à pedra fundamental
Aí pode esperar quem queira
Ao meio dia chega cimento
Deitar na pedra fundamental!
Marchas de pensamentos são anuladas
Na altura da cabeça bostamente
infamemente ou católica roxamente
para a melhor orientação.

Cobertura:
Ela tem uma avaria
No telhado está sentado um homem velho
Sobre o chão, anjos mortos espalhados
E suas faces são semelhantes à dele
Entre os joelhos segura um fuzil
Ele aponta em sua boca
E no crânio
E através do crânio
E do crânio para fora
No cume do telhado
Penetra o tiro
Deus atirou em si
Uma cobertura é construída
Deus atirou em si
Uma cobertura é expandida
Deus atirou em si
Uma cobertura é ampliada
(barulho, muito barulho de vidros estilhaçados)

Subsolo:
Isto é um porão
Aqui eu vivo
Isto aqui é escuro
Úmido e agradável
Isto aqui é um colo.
(silêncio)

Blixa Bargeld – vocalista neubauten

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Da tristeza que da tarde cinza - Imagem - pinturta de Cezane



Aqui, neste dia em seu interior outra vez castigado pela cólera silenciosa
e pelo temor da ausência de vida que me assola;
permaneço mais frio que um pedaço da sibéria no auge de seu inverno,
tento chorar, mas as lágrimas recusam-se a saltar dos olhos meus.

O que fazer? se entregar-me à calmaria que seria a estabilidade
ameaçada pelas contradições dos pactos quebrados.
punição de si para si?
primeira ou terceira pessoa, narração ou dissertação das horas resingadas em indiferença
à totalitária realidade ?

a força vem, mas a vulnerabilidade sobressai- se além do previsível.
Ó doce outono que se recusa a sssumir sua estação, se cansa de transportar
tantas emoções num curto espaço e tão longue de suas reais possibilidades.
ó pobre e sublime doçura, volte a reinar nesta existência perturbada e controversa,
aniquile a eperança, e erga o castelo da felicidade e da intensidade dos recortes
com sabor indefinido de bom.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

óooh belo guarda-chuva - Imagem de Isadora Ferraz


óoóóóóóoh ... belo gurda chuva-azul,
com tuas abas transportadoras de vida,
faz-me colar às cores
que pintam as paisagens aniquiladas
pela vontade de visão reactiva,
cujos efeitos cortam o querer
enxergar a poesia com o belo.
O beber da aurora que
desperta o sonho pausado
em dias de neve e entrega
inteira ao marasmo,
tudo isso, é passado
e memória do rompimento,
da superação do medo:
de si, de charfudar-se nos recortes
do que denominamos felicidade,
mesmo que o denominar seja,
em primeira pessoa,
Para fixar a idéia de que
a obra é aberta, deixando espaço
para a contínua poesia,
letenteio o fascínio pela
artista que arrancou
tais palavras, exerceu
um poder e furou o muro,
erguido pelas tatuagens
da vida.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

os impulsos que não são instinto, mais impulsos de aniquilação gradativa que outros jamais, no campo...


sem pé nem cabeça e membros ativos
sigo em várias pessoas fragmantadas,
e muitos fragmentos aniquilados em
momentos de destilação de emoções
reativas que icólumes vencem a batalha
do cotidiano malvado
que torna essa existência uma
tragédia ao estilo das novelas
russas.
isso, é parte de uma influência
Cioranense, ao proclamar
que ecrever é como terapia
quando o controle some
da razão, no quezito
controlar os impulsos que
não são instinto, mais impulsos
de aniquilação gradativa
que outros jamais, no campo
do aparente, entenderão.
Mas vos digo que o que aqui
está escrito, não passa perto
do que de fato é o que o agente
testumunhador via escrita
vos fala. Nada do que é sensível
é expressado de forma íntegra
e leal.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

E os amantes da vida errante charfudam nesse poema maldito no conceito bendito na alma que leve passa por sobre a ponte


maldizer de quem te olha de ângulo
desconhecido dos olhos leigos
desfrequentadores do cerne dessa
carne cortada com a mais tetânica das navalhas
que rasgam as noites silenciosas dessa
passagem virtual pronta pra desfazer
os encantos cridos em signos
comerciais e fetichizados.
Longe de casa, a casa és tu,
que ontém me cuspia, mas involuntariamente,
mentia com as mesmas palavras
que eram resultado da equação
de raciocínio, inquietude
de expressões enferrugadas
podres e putrefando.
E os amantes da vida errante
charfudam nesse poema
maldito no conceiro
bendito na alma que leve
passa por sobre a ponte
que é essa corda mencionada
por Zara e representa um
entendimento com o significado
de vida e existir, como um trem
em movimento, em frente na aparência,
e que também na possibilidade da voltas
em volta de si, ou do centro que julga ser.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

adjeto adjuntando a nova ortografia da velha língua fechada

dose a pouca

vonta
de erame de idéias podres
e quem sa be esta ali
pra tirar de costas de A Z
ar vôe re volta na bosta
brusca prosa punhetada
em punhal ereto ejaculando o brilho
de fé r[r]ugem urgente
altera ânimo nocivo
adjeto adjuntando
a nova ortografia da velha língua
fechada
fachada fadada a mentir todo dia todo tempo
fora del egido guiado na volta
do raio suculento daquela estrela
dócil por dentro do meu imaginário

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

estupra estrofe

disforme ostra
estupra estrofe
o cofre forte da dor
de é isso que sou
somos senda uma
fenda ou fresta
com festa imodesta
morada no desmorono
o morrer verbo
do morro ontém
desconjulgado por
ser assassino
de regra ortográfica

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

des ORIENTE [ando] todo território da história humana

desfeitas as pedras
estreitas disfarçam
o buscar de progresso
no fundo regresso
ou retrocesso
nome de verso sem artigo definido
na hora de protestar
contra tudo que venha
ser o que não é ser
no sentido mais vulgar
duma filosofia barata marginal
que nomeia o enganador de si
que se auto-entitula pensador- apenas
de ocasião a enganar as meninas
deslumbradas bichetes das
ruas perdigueiras
em começo de ano
mais pra pensar em explodir
a casa dos sete banqueiros
sustentáculos dos mísseis lançados
desorienteando todo território
da história humana
pra depois falar das referências
de ser e espaço
atemporal de suas orações
justificadoras da mera vida
com sentido apenas na vontade
de força e na vinda do além das núvens
pra vingar as mazelas e suas próprias
tiranias dissimuladas de filantropia