A casa da mentira
Primeiro andar: Aqui vivem os cegos que acreditam no que vêem E os surdos que acreditam no que ouvem Atado a um banquinho de cozinha está sentado um Louco que acredita em tudo que pode tocar (suas mãos estão no colo) Segundo Andar: Papel por papel Trilha por trilha Revestida de fibra áspera Nos corredores às voltas, estão os locatários observando as paredes atentamente procuram nelas trilha por trilha Em direção à estampa – e erros ortográficos Não poderiam nem seus nomes decifrar. Acima, no próximo andar: O qual? oh que maravilha! Nunca é concluído. Obra em constante construção constante Legolegolegolegolego lego lego Apenas pela escadaria pode ser alcançado aqui estocam os erros que pertencem à firma com os quais eles ladrilham os pisos nos quais ninguém pode pisar. Quarto Andar: Aqui mora o arquiteto Absorto em seu projeto Esse edifício cheio de idéias vai de fundação até firmamento e da fundação até a firma No térreo encontram-se quatro portas que conduzem diretamente às livres ou melhor, à pedra fundamental Aí pode esperar quem queira Ao meio dia chega cimento Deitar na pedra fundamental! Marchas de pensamentos são anuladas Na altura da cabeça bostamente infamemente ou católica roxamente para a melhor orientação. Cobertura: Ela tem uma avaria No telhado está sentado um homem velho Sobre o chão, anjos mortos espalhados E suas faces são semelhantes à dele Entre os joelhos segura um fuzil Ele aponta em sua boca E no crânio E através do crânio E do crânio para fora No cume do telhado Penetra o tiro Deus atirou em si Uma cobertura é construída Deus atirou em si Uma cobertura é expandida Deus atirou em si Uma cobertura é ampliada (barulho, muito barulho de vidros estilhaçados) Subsolo: Isto é um porão Aqui eu vivo Isto aqui é escuro Úmido e agradável Isto aqui é um colo. (silêncio) Blixa Bargeld – vocalista neubauten Qualquer semelhança com a morte de Deus, como descreve Nietzsche, é brincadeira hein !!!
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