sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Sedento da chama do sim, me arrisquei

Sedento da chama do sim
da fusão corporal anunciada
corri ao sol em segredo meditei
lancei desejos ao cosmos, me arrrsquei
mas mantive o orgulho em alta mesmo pungente,
mantive o silêncio, um contra silêncio veemente
foi se o dia e o profundo azul afirmado pelos raios do sol
voltava a noite fria, eu só
o silencioso me corroia uma angústia me coagia sem dó
nenhum advérbio nenhuma palavra nenhuma canção
pairava em meu peito um samba um desfecho sem rima e desleixo quem sabe, um refrão
Faltavam os meus verbos antecipados, e sem chão, soçobrou meu quinhão

Maratona insensata a qual Chronos impôs
é um drama é bravata
um possível depois,
o fato é consumado: Dionisus furtou-se e Chronos se impôs

As núvens, se perderam no breu da incomunicabilidade
É sinal da cólera de um Deus meu quinhão se perdeu, em impossibilidade
Mas o nectar virá numa outra estação
O amor voltará ao mesmo coração


Maratona insensata a qual Chronos impôs
é um drama é bravata
um possível depois
o fato é consumado: Dionisus furtou-se e Chronos se impôs

Chronos(O tempo que a todos come)

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